Rio Ferdinand saiu, na quarta-feira, em defesa de Cristiano Ronaldo, destacando a sua importância na recente conquista de Portugal na Liga das Nações. No podcast 'Rio Presents', o antigo defesa inglês do Manchester United atirou-se aos críticos e lembrou o legado de CR7.
"Não falem em sorte. Apesar de ter sido apenas um pequeno toque [na bola], a maior parte dos avançados diriam que tinham de fazer oito, nove ou 10 correrias para conseguir ter aquela oportunidade. Isto é sobre execução. Não é sorte. Às vezes, talvez haja um bocadinho de sorte, mas estar ali e ser capaz de fazer aquilo tantas vezes não é sorte", começou por dizer Ferdinand, prosseguindo.
"Os dois últimos golos dele foram contra Espanha e Alemanha. Ele está na Arábia Saudita, mas continua aí. Há mais jogadores que estão nas seleções e que jogam na Arábia Saudita. Apenas desfrutem de ver Cristiano Ronaldo e Messi jogar. O Ramos é suplente no PSG, mas o Ronaldo marcou dois golos, contra Espanha e Alemanha em jogos da final four. Não compreendo. Ele marcou 42 golos esta época e vai chegar ao Mundial com 41 anos. A ciência diz que ele não pode continuar a fazer o que faz, mas ele desafia isso tudo", vincou.
Rio Ferdinand explicou ainda como faria a gestão de Cristiano Ronaldo no Mundial'2026, reconhecendo a necessidade de gerir a condição física do avançado português, apontando ainda à forma como o mesmo é visto em Portugal.
"Eu jogaria com ele determinado número de minutos por jogo. É impossível jogar os 90 e chegar ao fim do torneio em forma. Eu iria escolhê-lo para determinados jogos, mas sei que ele vai marcar", sublinhou, antes de rematar.
"Antes de Cristiano Ronaldo jogar, quantos troféus tinha Portugal? Zero. Tiveram boas equipas e de repente com Cristiano Ronaldo, e com uma boa geração de jogadores, conseguem três troféus internacionais. É ridículo. Portugal tem 10 milhões de habitantes, fazer o que ele fez e ter aquele impacto. Quando forem a Portugal e virem a forma como eles tratam o Cristiano... É quase Deus e Cristiano Ronaldo lado a lado", concluiu o antigo capitão do Manchester United.
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