Comissão Europeia recomenda incentivos a mercado habitacional em Portugal

A Comissão Europeia destacou as "carências significativas" de habitação a preços acessíveis em Portugal, apesar das medidas que vêm sendo aplicadas, e pede uma abordagem que incentive o mercado de arrendamento e de compra.

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Lusa
06/06/2025 12:57 ‧ ontem por Lusa

Economia

Habitação

 "Portugal está a aplicar medidas para expandir o seu parque habitacional social e acessível, mas continuam a existir carências significativas", lê-se numa recomendação do executivo comunitário ao Conselho da União Europeia (UE) sobre as políticas económicas, sociais, de emprego, estruturais e orçamentais do país, divulgada na quinta-feira no âmbito do exercício do Semestre Europeu.

 

A Comissão recomenda que "as soluções centradas no aumento da oferta devem ser acompanhadas por medidas que integrem a dinâmica da procura e incentivos nos mercados de arrendamento e de compra".

Nas áreas de elevada procura, Bruxelas indica ainda a eliminação dos obstáculos ao arrendamento de casas vagas e à renovação de edifícios devolutos, bem como a promoção de "ligações eficientes de transporte público para reduzir a pressão sobre os preços da habitação nos centros urbanos e melhorar a atratividade de outros territórios".

Constatando que "os preços das casas em Portugal têm vindo a aumentar de forma consistente, superando a média de crescimento da UE na última década", Bruxelas assinala ainda que "a forte procura nas grandes cidades e nas zonas turísticas mais populares tem sido o principal motor do aumento dos preços e das rendas, criando diferenças acentuadas em relação às regiões do interior".

Ainda no que respeita à habitação, a Comissão sublinha que as baixas taxas de construção nos últimos anos têm limitado a oferta de novas habitações a preços acessíveis, afetando as perspetivas dos jovens e levando a um aumento do número de pessoas em situação de sem-abrigo ou a viver em assentamentos informais.

Adicionalmente, recomenda Bruxelas, "Portugal poderá beneficiar da promoção de soluções de transporte público mais eficientes e do investimento na atratividade de outros territórios, aliviando assim a pressão sobre as áreas mais congestionadas".

O Semestre Europeu faz parte do quadro de governação económica da União Europeia e durante o seu exercício, os Estados-membros procedem ao alinhamento das políticas orçamentais e económicas nacionais pelas regras fixadas a nível da UE.

Leia Também: Governo. Infraestruturas e Habitação mantém três secretários de Estado

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