Pierbattista Pizzaballa considerou, em conferência de imprensa na sede do Patriarcado, que a decisão de enviar o Presidente israelita, Isaac Herzog, à cerimónia de investidura da próxima semana no Vaticano é um sinal dessas intenções
"A situação mudou. Interpreto isto como um desejo de melhorar as relações", disse o cardeal, lembrando a polémica por Israel não ter enviado nenhuma figura pública ao funeral do Papa Francisco, tendo o país sido representado pelo embaixador.
A visita de Herzog, que ainda não foi confirmada pela presidência, foi noticiada há dois dias pelo jornal israelita The Jerusalem Post.
Pizzaballa, que antes do conclave era considerado um candidato papal, disse ter havia um acordo "amplo e claro" entre os cardeais sobre as decisões a serem tomadas após a morte de Francisco.
"Há dois conclaves, o mediático e o real", comentou, sobre as notícias de que era um dos favoritos para suceder a Francisco.
Em particular, o patriarca observou que a presença de cardeais de todos os países a participar no conclave significa que um dos principais tópicos de conversa foram as várias guerras que assolam o mundo, não só na Ucrânia ou em Gaza, mas também em países como o Sudão do Sul.
Pizzaballa considerou ainda que uma visita de Leão XIV ao Médio Oriente terá de ser organizada a dada altura, mas admitiu que isso vai levar tempo.
"Deixem-no respirar", brincou.
O cardeal Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito Papa no dia 08 de maio, após dois dias de conclave, na Cidade do Vaticano, e assumiu o nome de Leão XIV.
Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, o novo Papa pertence à Ordem de Santo Agostinho e foi prefeito do Dicastério para os Bispos.
Leão XIV sucede ao Papa Francisco, que morreu em 21 de abril, aos 88 anos.
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