Ataques russos causaram pelo menos cinco mortos em Kharkiv e Kherson

Ataques russos sem precedentes às cidades ucranianas de Kharkiv e Kherson causaram cinco mortos e mais de 20 feridos esta madrugada, confirmando a promessa de Moscovo de "retaliar" pela destruição de parte da sua frota aérea no domingo.

Ucrânia, Kharkiv,

© Viacheslav Madiievskyi/Ukrinform/NurPhoto via Getty Images

Lusa
07/06/2025 08:18 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Três pessoas morreram e, pelo menos, 17 ficaram feridas em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, que sofreu "o ataque mais poderoso desde o início da guerra" em fevereiro de 2022, anunciou o seu presidente da câmara, Igor Terekhov.

 

No total, "pelo menos 40 explosões" foram registadas num curto espaço de tempo na cidade de cerca de 1,4 milhões de habitantes, situada a menos de 50 quilómetros da fronteira russa, no nordeste do país.

"O inimigo atacou simultaneamente com mísseis, drones Shahed e bombas aéreas guiadas", disse Terekhov, especificando que foram utilizados, pelo menos, 48 Shahed, dois mísseis e quatro bombas guiadas.

Duas pessoas foram mortas no distrito de Kyivsky e outra no distrito de Osnovyansky, e cerca de vinte ficaram feridas, informou.

Um casal na casa dos cinquenta anos também morreu no ataque a dois edifícios em Kherson, no sul, de acordo com o governador da região com o mesmo nome, Oleksandr Prokudin. Duas pessoas ficaram feridas, assim como outras duas na região de Dnipropetrovsk (leste).

Na madrugada anterior, a Rússia tinha levado a cabo um dos ataques mais maciços a nível nacional desde o início da guerra, utilizando 407 drones e 45 mísseis, de acordo com o exército ucraniano.

O número de mortos desse ataque aumentou hoje para, pelo menos cinco, depois de descoberto o corpo de uma jovem nos escombros em Lutsk, perto da fronteira com a Polónia.

Moscovo prometeu esta sexta-feira uma "retaliação" na sequência dos ataques ucranianos a vários aeródromos russos longe da linha da frente, no passado domingo, que resultaram na destruição de vários bombardeiros.

Estes ataques surgem numa altura em que as negociações de paz se encontram num impasse, depois de uma segunda ronda de conversações diretas entre russos e ucranianos em Istambul, na passada segunda-feira, não ter conseguido produzir um cessar-fogo.

O Ministério da Defesa russo afirmou hoje ter destruído 36 drones ucranianos durante a noite, nomeadamente nas regiões de Moscovo, Kursk e Smolensk.

O ataque levou ao encerramento temporário do principal aeroporto de Moscovo, Sheremetyevo, de acordo com as autoridades aeronáuticas.

Na sexta-feira, o exército ucraniano afirmou ter bombardeado "com sucesso" duas bases aéreas na Rússia, nas regiões de Saratov e Ryazan (centro), alegando ter atingido depósitos de combustível.

Russos e ucranianos deverão trocar 500 prisioneiros de guerra de cada lado este fim de semana, depois de uma troca anterior de 1.000 de cada lado em maio, tendo ainda concordado em entregar os corpos de milhares de militares caídos em combate.

Leia Também: Rússia anuncia derrube de 36 drones ucranianos, quatro em Moscovo

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