Trata-se de "um sinal claro do domínio de uma mentalidade supremacista e racista entre os decisores políticos norte-americanos", considerou Alireza Hashemi-Raja, responsável pelos assuntos dos iranianos no estrangeiro, criticando a "profunda hostilidade em relação aos iranianos e aos muçulmanos".
A partir de segunda-feira, os Estados Unidos impedirão os cidadãos de 12 países de entrar no seu território para "proteger" o país, anunciou quarta-feira o Presidente norte-americano, Donald Trump, lembrando uma proibição que instituíra durante o seu primeiro mandato (2017/21).
Além do Irão, inimigo jurado dos Estados Unidos desde a revolução islâmica de 1979, a decisão também se aplica ao Afeganistão, Birmânia, Chade, Congo-Brazzaville, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Iémen, Líbia, Somália e Sudão.
"[Esta decisão] viola os princípios fundamentais do direito internacional" e priva "centenas de milhões de pessoas do direito de viajar apenas devido à sua nacionalidade ou religião", acrescentou Hashemi-Raja, denunciando a "sistemática discriminação racial".
O número de iranianos que vive nos Estados Unidos é estimado em 1,5 milhões, de acordo com as últimas estatísticas do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano em 2020.
Leia Também: "Teerão já é uma potência nuclear, mas para fins civis"