"Moçambique e Zimbabué são um único povo. As fronteiras não foram criadas por nós e estas fronteiras não vão impedir a nossa ligação sanguínea", declarou o secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Chakil Aboobacar.
Aboobacar falava durante uma reunião com o seu homólogo da União Nacional Africana do Zimbabué - Frente Patriótica (ZANU-PF), Obert Mpofu, no âmbito de uma visita de trabalho que o secretário-geral do partido no poder em Moçambique realiza a Harare, capital zimbabueana.
Segundo Chakil Aboobacar, as relações entre as duas forças políticas é histórica e é necessário reforçar a cooperação, sobretudo na formação de quadros dos dois partidos.
"Vamos trabalhar juntos para a prosperidade dos nossos povos", frisou Chakil Aboobacar, que também agradeceu o partido no poder no Zimbabué pelo apoio à Frelimo nas últimas eleições gerais em Moçambique, em outubro do ano passado.
"Graças a este apoio, o nosso partido venceu as eleições em todas as províncias e na diáspora", acrescentou o secretário-geral da Frelimo.
O secretário-geral da ZANU-PF lembrou que os dois partidos partilham um trajeto histórico de luta pela libertação, destacando o fortalecimento contínuo da cooperação nos últimos anos.
"Os nossos dois partidos foram moldados por sangue, sacrifício e forte convicção no direito dos nossos povos de escolher os seus próprios destinos", declarou Obert Mpofu.
A Frelimo, partido no poder em Moçambique desde a independência do país (1975), mantém uma forte afinidade histórica com a ZANU-PF, que governa o Zimbabué desde a independência daquele país, em 1980.
Sob a liderança da Frelimo, após a independência, Moçambique albergou a maioria dos membros da direção da ZANU-PF no país, incluindo o falecido ex-Presidente Robert Mugabe, na altura da guerra pela independência do Zimbabué contra o colonialismo britânico.
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