Uma estátua do líder revolucionário soviético Vladimir Lenine foi retirada, esta semana, da cidade de Osh, no Quirguistão, após uma decisão do conselho municipal. Com 25 metros, era considerado o monumento mais alto da Ásia Central e um dos mais altos do mundo.
Esta estátua tinha sido erguida há 50 anos, quando o Quirguistão ainda fazia parte da União Soviética, mas foi discretamente removida esta semana.
Sem grande aparato, começaram a surgir, nas redes sociais, fotografias que mostravam o monumento de homenagem ao revolucionário comunista deitado de costas no chão, depois de ter sido baixado por uma grua.
A retirada deste monumento surge numa altura em que muitas das antigas repúblicas soviéticas têm procurado reformular a identidade, dando menos destaque aos laços anteriores com a Rússia.
Contudo, as autoridades do Quirguistão não querem ofender o aliado e, por isso, não só procuraram que se tratasse de uma remoção discreta como emitiram um comunicado a justificar a decisão.
"A figura será transferida como parte de uma prática comum destinada a melhorar o aspeto arquitetónico e estético da cidade", lê-se no comunicado da Câmara Municipal de Osh, citado pela BBC, em que referiram também exemplos de estátuas de Lenine anteriormente retiradas na Rússia.
No lugar da estátua foi colocado um mastro de bandeira, tal como já tinham feito depois da retirada de outro monumento de homenagem a Lenine em Bishek.
Recorde-se que o Quirguistão tornou-se independente há 34 anos, quando a União Soviética entrou em colapso, mas há, por todo o país, referências a essa época.
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