Milhares nas ruas em Budapeste em nome da resistência ao governo de Orbán

Cerca de 15 mil pessoas encheram hoje uma praça de Budapeste, numa manifestação que a organização chamou de início de um movimento de resistência contra o governo de Viktor Orbán.

Milhares protestam em Budapeste em nome da resistência ao governo de Orbán
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© FERENC ISZA/AFP via Getty Images

Lusa
10/06/2025 21:41 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Budapeste

Quase duas dezenas de figuras públicas, entre as quais escritores, atores, músicos e jornalistas, uniram-se à manifestação em Budapeste.

 

A maioria dos intervenientes na manifestação criticou a crescente conduta antidemocrática por parte do Governo, tendo sido dirigidas acusações de corrupção ao partido Fidesz.

"Este país não pertence aos que mentem, aos que roubam do povo, aos que vendem a sua humanidade em troca de poder", disse um dos manifestantes, Csaba Bogos. "Este país pertence aos que se atrevem a pensar, aos que conseguem ler entre linhas, aos que confiam em si próprios e nos outros e que acreditam que há um futuro pacífico comum que devemos construir juntos".

Este foi o mais recente protesto contra o governo, desde que o partido de Viktor Orbán aprovou em março uma lei, e no mês seguinte uma emenda constitucional, que proibia eventos públicos LGBTQIA+.

Essa lei também permitiu que as autoridades utilizassem tecnologia de reconhecimento facial para identificar e multar participantes em eventos proibidos.

Com o aproximar das eleições em 2026 e com o partido Fidesz a perder força para os opositores, segundo a maioria das sondagens, os críticos do governo dizem que Viktor Orbán está a usar mais táticas autoritárias para silenciar a oposição.

Os oradores na manifestação de hoje alertaram para um recente projeto de lei que permitirá ao governo colocar numa lista negra órgãos de comunicação social e organizações não governamentais (ONG) que sejam críticas.

Este projeto de lei permitirá ao governo monitorizar, restringir, penalizar e potencialmente banir organizações que considere ser uma ameaça à soberania nacional da Hungria.

A discussão do projeto de lei foi, recentemente, adiada para a sessão do Parlamento a realizar no outono.

Leia Também: Orbán acusa burocracia de Bruxelas de atacar Direita europeia

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