Uma sondagem realizada pelo 'think tank' norte-americano Pew Research Center revelou hoje que a confiança nos Estados Unidos diminuiu entre os cidadãos de 19 dos 24 países inquiridos, espalhados pelo mundo, incluindo no Brasil e em Espanha.
As maiores alterações foram registadas no México, com uma perda de 32% na confiança no país vizinho, e na Suécia, onde a queda foi de 28%.
Além disso, outros aliados dos EUA, como a Espanha, a Alemanha, o Japão e a França, têm agora uma opinião mais desfavorável dos Estados Unidos do que há um ano.
Este declínio é muito maior entre os cidadãos que afirmam ter uma ideologia mais alinhada com as ideias atribuídas à esquerda do que entre aqueles que afirmam votar em partidos mais conservadores.
De acordo com o relatório, os principais motivos para a deterioração da imagem dos Estados Unidos são a forma como Trump lida com questões de impacto global.
Apenas 21% dos inquiridos manifestaram confiança na forma como Trump lidou com a crise climática.
Noutras questões, como o conflito em Gaza, a economia, as relações com a China e a guerra na Ucrânia, apenas um terço dos participantes confia no republicano para encontrar uma solução.
A sua capacidade de gerir a política de imigração, um dos principais cavalos de batalha de Trump para regressar à Casa Branca, foi a que obteve o maior número de apoiantes, que, no entanto, apenas alcançaram 36% dos inquiridos.
Entre os adjetivos mais utilizados para descrever Trump estavam "arrogante", "um líder forte" e "perigoso". Apenas 28% consideram Trump "honesto".
Esta visão negativa generalizada dos Estados Unidos não foi, no entanto, partilhada por todos os países.
Em Israel e na Nigéria, o nível de confiança atingiu os 83% e os 78%, respetivamente, representando um aumento de 6% em ambos os casos.
A Turquia registou o maior aumento da sua opinião sobre os Estados Unidos, de 7%, embora o número geral continue a ser baixo: apenas um em cada quatro turcos inquiridos apresentou uma opinião favorável.
Ligeiras alterações a favor dos Estados Unidos foram também registadas na Índia e na África do Sul.
Leia Também: Conselho de administração da bolsa Fulbright demite-se e culpa Trump
