A decisão passará por um apoio "aos esforços de prolongamento dos reatores existentes, e melhoria as redes e infraestruturas. Vamos igualmente trabalhar na aceleração do potencial dos pequenos reatores modulares (PRM), que vão oferecer uma opção viável a mais países no longo prazo", afirmou, na sua missiva.
Para tal, o BM vai envolver-se numa "parceria" com o Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para "reforçar a capacidade de aconselhamento quanto às garantias de não-proliferação, à segurança e o quadro de regulação", escreveu Banga.
No final de abril, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, tinha-se felicitado nas redes sociais com "um diálogo construtivo com o Banco Mundial" sobre o assunto, avançando que "o financiamento é essencial" e que a sua organização estava "pronta para apoiar" o BM.
A instituição sediada em Washington deu-se como objetivo ligar à rede elétrica mais de 300 milhões de pessoas na próxima década, o que considerou uma necessidade da luta contra a pobreza, a sua missão principal.
Mas como, sublinhou Banga, "a procura de eletricidade vai mais do que duplicar nos países em vias de desenvolvimento até 2035", vai ser necessário aumentar o financiamento nas redes elétricas dos atuais 280 mil milhões de dólares por ano para 630 mil milhões anuais na próxima década.
Marginalizada depois da catástrofe em Fukushima, no Japão, em 2011, a energia nuclear está a conhecer um aumento de interesse, devido em particular às necessidades energéticas enormes da fileira digital, com o desenvolvimento da inteligência artificial (IA).
Nos EUA, vários conglomerados digitais já concebem a instalação de PRM para alimentar os seus centros de dados, cujo consumo explode com os usos da IA.
Mas, de forma geral, vários Estados, casos específicos de França, Reino Unido e Indonésia, anunciaram nos últimos meses a construção de novos reatores nucleares, por nelas verem uma solução descarbonizada para responderem às suas necessidades elétricas crescentes.
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