Prejuízos da estatal Aeroportos de Moçambique duplicaram em 2024

A empresa pública moçambicana que gere cerca de 20 aeroportos e aeródromos quase duplicou os prejuízos em 2024, para 1.531 milhões de meticais (20,8 milhões de euros), segundo o relatório e contas consultado hoje pela agência Lusa.

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Lusa
13/06/2025 12:39 ‧ ontem por Lusa

Economia

Moçambique

De acordo com o documento, a Aeroportos de Moçambique já tinha registado prejuízos de 849,5 milhões de meticais (11,5 milhões de euros) em 2023, que assim voltaram a crescer 80,3% num ano. Em 2022, registou prejuízos de 820,5 milhões de meticais (11,2 milhões de euros) e em 2021 um resultado líquido igualmente negativo então de 215,6 milhões de meticais (2,9 milhões de euros).

 

"O ano de 2024 foi bastante desafiador para o setor da aviação. No último trimestre de 2024, o país foi assolado por uma onda de manifestações violentas que culminaram com a destruição de infraestruturas públicas e privadas", aponta o relatório, sublinhando que este cenário "afetou drasticamente o setor", face às "restrições impostas à mobilidade das pessoas e bens no país e consequente cancelamento de voos".

Ainda assim, refere a empresa no documento, o tráfego aéreo de passageiros cresceu 4,16% face a 2023, para 2.055.435, e o movimento de aeronaves aumentou 1,5%, para 61.182. Antes da pandemia de covid-19 foram transportados em Moçambique, em 2019, 2.296.370 passageiros, com 70.602 movimentos de aeronaves.

Este crescimento em 2024 é explicado pela Aeroportos de Moçambique com o desempenho da companhia nacional LAM, que responde por 64% dos passageiros e que nesse ano superou os valores de 2023, mas "também o pico histórico observado em 2019".

Acrescenta que entre as companhias aéreas que operam em Moçambique, a Qatar Airways destacou-se em 2024, com o peso de 5% do total de passageiros transportados, "não obstante as manifestações pós-eleitorais que se verificaram no quatro trimestre do ano", em que "conseguiu garantir os seus voos regulares" para o país.

Entre as companhias aéreas regionais, o principal destaque, segundo a empresa, vai para a Airlink, da África do Sul, que transportou 10% do total de passageiros em Moçambique em 2024.

O volume de negócios da Aeroportos de Moçambique, que contava em dezembro de 2024 com 830 trabalhadores, cresceu 6% nesse ano, para 3.016 milhões de meticais (41 milhões de euros), sendo 43% resultante da cobrança da Taxa de Passageiro, segundo o relatório e contas.

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