Bhoomi Chauhan abandonou o aeroporto de Ahmedabad "frustrada", na quinta-feira, quando por dez minutos de atraso não a deixaram entrar num avião com destino a Londres, onde vive. Mas esta mulher de 28 anos viria a descobrir, pouco mais tarde, que este foi o atraso que lhe salvou a vida.
Segundo contou à BBC News, quando foi barrada pela Air India "ficou muito chateada com o motorista" que a levou ao aeroporto, tendo depois abandonado o local e ido beber um chá.
"Antes de me ir embora, estive a falar com a agência de viagens, para perceber como podia pedir uma indemnização", recordou, dizendo depois que recebeu uma chamada a dizer que o avião tinha caído.
"Isto foi um milagre, totalmente", considerou a mulher que fazia a sua primeira visita à Índia, depois de se ter mudado para o Reino Unido.
"Quando perdi o voo, fiquei desanimada. A única coisa que tinha em mente era: 'Se tivesse começado um pouco mais cedo, teria embarcado no avião'. Pedi ao pessoal da companhia aérea que me deixasse entrar, pois só estava 10 minutos [atrasada]. Disse-lhes que era a última passageira e que, por isso, me deixassem entrar no avião, mas não me deixaram", lembrou.
Apenas um passageiro sobreviveu, tendo sido visto a andar no local do embate e, posteriormente, hospitalizado.
Já hoje, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, visitou o sobrevivente. Morreram cerca de 260 pessoas, entre os passageiros e pessoas que estavam na zona do embate.
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