Teerão pede a Kallas que pare de agir como "defensora do agressor"

O Governo iraniano pediu esta terça-feira à Alta Representante da UE para a Política Externa, Kaja Kallas, que pare de agir como "defensora do agressor", questionando-a por pedir a contenção do conflito sem condenar Israel.

porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ismail Baghaei

© Ahmet Dursun/Anadolu via Getty Images

Lusa
17/06/2025 16:24 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Por favor, pare de agir como defensora do agressor. Como pode expressar preocupação com o programa [nuclear] pacífico do Irão, que está sob as mais rigorosas inspeções da AIEA [Agência Internacional da Energia Atómica], e ignorar o facto de que o regime israelita possui um enorme arsenal de armas nucleares?", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ismail Baghaei, numa mensagem publicada na rede social X.

 

Baghaei reagiu assim à mais recente publicação de Kallas na conta da rede social X, em que esta afirmava: "Todos concordamos que o Irão nunca devia ter tido armas nucleares".

A chefe da diplomacia europeia pediu também uma "redução do conflito", assegurando ainda que a UE "fará a sua parte nos esforços diplomáticos".

No entanto, o porta-voz do MNE iraniano retorquiu: "Como se pode falar em 'redução do conflito' sem condenar o agressor e instá-lo a pôr fim à agressão e aos crimes de guerra?".

Pelo menos 232 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas nos ataques com mísseis iniciados por Israel a 13 de junho contra o Irão.

A República Islâmica respondeu com repetidas vagas de ataques com mísseis e drones (aeronaves não-tripuladas) contra Israel, matando 24 pessoas e ferindo 647, de acordo com o serviço de emergência israelita Magen David Adom.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE defenderam hoje que Israel e o Irão devem resolver as divergências por meios diplomáticos e apelaram a todas as partes para que respeitem o direito internacional, ajam com moderação e evitem ações que possam descontrolar-se.

"Todos concordamos com a necessidade urgente de evitar a escalada [do conflito]. O Irão não pode ter uma bomba nuclear, e a diplomacia é a solução para o evitar, e a UE fará a sua parte", sustentou Kallas numa conferência de imprensa.

Leia Também: Wall Street no 'vermelho' com conflito entre Israel e Irão

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