Em declarações à emissora pública ZDF à margem da cimeira do G7, a decorrer em Kananaskis, no Canadá, Merz argumentou que o poder iraniano "trouxe morte e destruição ao mundo".
"Tenho o maior respeito pelo Exército de Israel, pelo Governo de Israel, porque tiveram a coragem de o fazer, pois, caso contrário, teriam passado meses e anos com o terror contínuo deste regime e, além disso, possivelmente, com armas atómicas", afirmou.
O chanceler democrata-cristão (CDU) afirmou que os ataques realizados desde sexta-feira por Israel contra o Irão "enfraqueceram consideravelmente" o poder iraniano.
"Os ataques dos últimos dias já levaram a um enfraquecimento considerável do regime dos 'mullah' [muçulmano versado em teologia e direito religioso], e é improvável que recupere a força que tinha antes. Consequentemente, o futuro do país é incerto e é preciso esperar", afirmou o líder alemão, numa outra entrevista, à emissora Welt TV.
"Não consigo imaginar que o regime dos 'ayatollahs' possa voltar a funcionar como antes, porque grande parte da liderança militar já não está viva, incluindo o líder da Guarda Revolucionária Islâmica", disse o líder do Governo alemão, aliado de Israel.
Além disso, Merz anunciou que Berlim está a coordenar-se com o Reino Unido e França para prestar apoio diplomático quando necessário.
Por outro lado, na entrevista à Welt TV, Merz referiu-se às sanções da UE contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, uma vez que o 18.º pacote europeu já está pronto, que o chanceler referiu ser "o mais abrangente" elaborado até agora pelos 27.
"A nível europeu, discutimos a adoção do 18.º pacote de sanções, que está pronto e será o pacote de sanções mais abrangente já elaborado na Europa contra um país, com consequências gerais para o fornecimento de energia e para o fluxo de pagamentos", descreveu.
O líder alemão admitiu, por outro lado, ser possível que os Estados Unidos se juntem em breve às iniciativas de sanções contra a Rússia, através do pacote de medidas promovido pelo senador republicano Lindsey Graham.
Leia Também: Teerão acusa G7 de parcialidade por ignorar "agressão flagrante"
