ONU apela a que se evite uma nova crise de refugiados no Médio Oriente

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) defendeu hoje, em Genebra, Suiça, que se deve evitar uma nova crise de refugiados no Médio Oriente devido à guerra entre o Irão e Israel .

Ataques aéreos ; Israel ; Irão ; Médio Oriente

© Kobi Wolf/Bloomberg via Getty Images

Lusa
21/06/2025 15:16 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Israel/Irão

"Esta região já sofreu mais do que a sua quota-parte de guerra, perdas e deslocações. Não podemos permitir que se instale uma nova crise de refugiados", afirmou Filippo Grandi, citado pela agência de notícias AFP.

 

O responsável afirmou que a intensidade dos ataques entre as duas partes já está a provocar movimentos populacionais em ambos os países.

Os ataques em Israel levaram as pessoas a procurar refúgio noutros locais do país e, em alguns casos, no estrangeiro.

"O momento para desativar a situação é agora. Uma vez que as pessoas são forçadas a fugir, não há retorno rápido - e, com demasiada frequência, as consequências perduram por gerações", acrescentou.

Israel declarou no sábado que tinha lançado novos ataques aéreos contra locais de armazenamento e lançamento de mísseis no centro do Irão.

Teerão respondeu com uma barreira de fogo que, de acordo com as autoridades israelitas, matou pelo menos 25 pessoas.

O Irão acolhe o maior número de refugiados do mundo, cerca de 3,5 milhões, a maioria dos quais provenientes do Afeganistão.

Se o conflito persistir, as populações refugiadas que já se encontram no Irão "enfrentarão também uma incerteza renovada e dificuldades ainda maiores", acrescentou o ACNUR.

A agência apelou a "um desanuviamento urgente do conflito" e instou os países da região a respeitarem o direito das pessoas a procurar segurança.

O governo israelita afirma que a vaga de ataques sem precedentes que lançou contra o Irão desde 13 de junho tem por objetivo impedir o seu rival de desenvolver armas nucleares - uma ambição que Teerão nega firmemente.

Israel tem mantido a ambiguidade sobre o seu próprio arsenal atómico, não confirmando nem negando oficialmente a sua existência, mas o Instituto Internacional de Investigação para a Paz de Estocolmo afirma que possui 90 ogivas nucleares.

O Irão não reconhece Israel e acusa-o de sabotar a sua infraestrutura nuclear e de assassinar vários dos seus cientistas.

Leia Também: Israel/Irão: Bomba "adiada", "dias difíceis" e... "ayatollah Putin"?

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