Estados Unidos começam a retirar os seus cidadãos em Telavive

Os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram no sábado que já começaram os voos de retirada dos cidadãos norte-americanos a partir de Israel, país envolvido num conflito com o Irão.

Aeroporto de Telavive

© GIL COHEN-MAGEN/AFP via Getty Images

Lusa
22/06/2025 01:12 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Israel/Irão

"O Departamento de Estado começou os voos de saída assistida de Israel", segundo um comunicado oficial, precisando que foram organizados na sexta-feira dois voos a partir de Telavive e com destino à capital grega, Atenas, que transportaram "aproximadamente 70 cidadãos americanos e seus familiares próximos".

 

A administração liderada pelo Presidente republicano Donald Trump aconselhou ainda quem possa sair pelos seus próprios meios a não esperar pela assistência, ao mesmo tempo que instou quem se encontre no Irão a abandonar imediatamente o país, com o qual não tem relações diplomáticas.

Washington anunciou na quarta-feira um programa para retirar, por ar e mar, os cidadãos americanos que desejem sair de Israel, há dez dias em conflito com o Irão.

O embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, garantiu, na rede social X, que a diplomacia americana está a trabalhar "incansavelmente" para apoiar a retirada dos seus cidadãos.

Os EUA elevaram as viagens para Israel e a Palestina para o nível máximo de alerta.

Entretanto, o Presidente Donald Trump disse no sábado que um cessar-fogo não resolve o conflito entre Israel e Irão e que o objetivo é acabar com as armas nucleares.

As declarações foram feitas a meio do prazo de duas semanas que o próprio Trump fixou para decidir se envolve os Estados Unidos militarmente no terreno.

"Não procuramos um cessar-fogo. Procuramos uma vitória total e completa. Repito, já sabem qual é a vitória: nada de armas nucleares", disse Trump, em declarações recolhidas pela televisão Fox News e que o próprio copiou para a sua conta na rede social Truth Social, acompanhadas da mensagem: "Só o tempo o dirá".

Israel lançou, na madrugada de 13 de junho, uma ofensiva sobre o Irão, que justifica com o avanço do programa nuclear e o fabrico de mísseis balísticos na República Islâmica, considerando que representam uma ameaça direta à sua segurança.

Desde então, aviões israelitas atacaram infraestruturas militares iranianas, como sistemas de defesa aérea e instalações de armazenamento de mísseis balísticos, bem como centrais nucleares, nomeadamente em Natanz, Isfahan e Fordow.

O Irão tem repetidamente negado o desenvolvimento de armas nucleares e reivindica o direito a realizar atividades nucleares pacíficas.

Os ataques causaram centenas de mortos, incluindo altos comandos militares e cientistas iranianos que trabalhavam no programa nuclear.

Segundo o Human Rights Activists, grupo de defesa dos direitos humanos com sede em Washington, os bombardeamentos israelitas contra o Irão já mataram mais de 600 pessoas, incluindo pelo menos 200 civis.

O Irão retaliou com lançamentos de mísseis e drones contra várias cidades israelitas, que já fizeram pelo menos 24 mortos e 1.217 feridos, 12 dos quais em estado grave.

Leia Também: Israel/Irão: Bomba "adiada", "dias difíceis" e... "ayatollah Putin"?

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