"Problemas" na plataforma dificultaram prova de Matemática do 9.º ano

Os alunos do 9.º ano realizaram hoje a primeira das duas provas finais do ensino básico, mas a avaliação foi dificultada por várias falhas na plataforma digital utilizada, segundo relatos das escolas.

Metade das escolas públicas portuguesas no projeto da Academia de Líderes Ubuntu

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Lusa
20/06/2025 15:24 ‧ há 4 horas por Lusa

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"Houve bastantes problemas", resumiu o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), em declarações à agência Lusa, relatando que as falhas estiveram, sobretudo, relacionadas com a plataforma utilizada para realizar as provas.

 

De acordo com Manuel Pereira, durante os dois turnos em que se realizaram hoje as provas de Matemática - o primeiro às 09h30 e o segundo às 12h00 - o programa bloqueou várias vezes, houve casos em que foi necessário reiniciar, noutros a página da prova fechava ou o menu das perguntas desaparecia.

"A minha escola tem um bom sistema informático, muito boa rede e mesmo assim foi muito trabalho para todos", refere o diretor do Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto, em Cinfães, sublinhando que todo o pessoal docente foi mobilizado para apoiar durante a realização das provas finais do 3.º ciclo.

Depois de, no ano passado, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) ter decidido manter o formato em papel por considerar que a equipa ministerial anterior, liderada por João Costa, não assegurou as condições necessárias, é a primeira vez que as provas do 9.º ano são feitas em formato digital.

Em fevereiro, os alunos realizaram provas-ensaio para testar o formato digital, identificar problemas e preparar as escolas para a avaliação oficial.

Na semana passada, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, considerou que as escolas tudo fizeram para estar preparadas, mas hoje a principal falha partiu dos serviços do MECI.

"A experiência de agora pode ser útil, mas se os problemas não estão nas escolas, é preciso que quem gere, neste caso os serviços do MECI, prepare melhor", sublinhou Manuel Pereira, antecipando a prova de Português, agendada para quarta-feira.

Reconhecendo que é um ano experimental, o presidente da ANDE lamentou, no entanto, que à ansiedade normal associada a estas provas, sobretudo para os alunos que dependem da nota para passar de ano, tenha acrescido a ansiedade provocada pelas sucessivas falhas que obrigaram a interromper e admitiu que muitos serão prejudicados.

Ainda assim, na escola dirigida por Manuel Pereira todos os alunos conseguiram concluir a prova dentro do tempo previsto, sem necessidade de estender a duração além do tempo complementar.

No agrupamento de Filinto Lima, em Vila Nova de Gaia, a avaliação decorreu com normalidade, apesar de uma falha generalizada numa das perguntas que o diretor diz ter sido rapidamente identificada pelo Júri Nacional de Exames numa nota enviada às escolas pouco depois das 09h30 e corrigida ainda durante o decorrer da prova. 

"Não creio que nenhum aluno tenha sido prejudicado", referiu o presidente da ANDAEP, que ao início da tarde já tinha falado com alguns colegas de outras escolas, onde também não se registaram problemas. 

A Lusa questionou o MECI sobre falhas reportadas pelas escolas aos serviços do ministério, sem resposta até ao momento.

Além das provas finais do ensino básico, também as provas de Monitorização das Aprendizagens (ModA), que decorreram entre 19 de maio e 06 de junho para os alunos dos 4.º e 6.º anos, foram realizadas em formato digital, com constrangimentos pontuais.

Depois da prova de Matemática, os alunos voltam a ser avaliados na quinta-feira a Português.

Leia Também: Provas finais do 9.º ano começam hoje e pela 1.ª vez em formato digital

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