O presidente do Partido Socialista (PS), Carlos César, assegurou que os socialistas contribuirão "como o partido mais votado da oposição, para que o Governo seja um bom Governo", na sequência da tomada de posse do novo Executivo, esta quinta-feira.
"A resposta responsável de um partido como o PS é de, desde logo, estimar que o mandato deste Governo tenha sucessos que se reflitam positivamente na vida dos portugueses. Contribuiremos como partido da oposição, como o partido mais votado da oposição, para que o Governo seja um bom Governo e para que o mérito da oposição na sua capacidade de avaliar os erros do Governo seja perentório e contribua para esses bons resultados", disse, em declarações à imprensa.
César mencionou ainda as palavras proferidas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "que fez uma resenha histórica com a qual não [pôde] deixar de concordar".
"Conhecemos e sabemos as dificuldades que hoje as forças políticas que são da nossa família têm hoje por toda a Europa, como por todo o mundo. Consideramos que era importante dar uma resposta a todo este egoísmo e toda esta violência que hoje se verbaliza e se pratica em muitos países por este mundo fora. É importante que haja uma resposta humanista, centrada nos direitos das pessoas, na procura de igualdade e faremos o nosso esforço para encontrarmos essa resposta para o nosso país", complementou.
O presidente do PS apontou ainda que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, fez uma "listagem de setores e de subsetores em relação aos quais o Governo terá de prestar atenção", ao mesmo tempo que salientou que "este é o mesmo Governo que está há um ano e que não fez uma única reforma que haja memória em nenhum dos sectores que teve o mérito de vencer".
Recorde-se que as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio foram convocadas pelo Presidente da República na sequência da queda do anterior Governo minoritário PSD/CDS-PP, em 11 de março, pela rejeição de uma moção de confiança.
A moção de confiança apresentada pelo Governo foi rejeitada no Parlamento com votos contra de PS, Chega, BE, PCP, Livre e PAN, durante uma crise política que surgiu por causa de uma empresa familiar do primeiro-ministro, a Spinumviva, entretanto passada aos filhos.
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