Setor da carne pede linha de apoio financeira por custos do apagão

O setor da carne reclama a criação de uma linha de apoio e a proibição das energéticas alegarem motivos de força maior perante os custos decorrentes do apagão, que levou a que animais deixassem de ser enviados para consumo.

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Lusa
29/04/2025 18:32 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Apagão

"As carcaças que estavam na linha de abate no momento da falha de energia foram rejeitadas porque as linhas de abate são automatizadas, o que levou a muitas rejeições, não se sabendo ainda o número de animais eliminados do consumo", afirmou a diretora executiva da Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes (APIC), Graça Mariano, em resposta à Lusa.

 

Apesar de ressalvar que ainda é muito cedo para avaliar as consequências em termos económicos, a associação referiu que a grande maioria das indústrias não tinha um gerador, nem conseguiu alugar, face à potência.

Assim, terá de ser feito mais um dia de abate, além do programado semanalmente, com custos acrescidos por necessidade de horas extra.

Contabiliza-se igualmente um dia de salário de trabalhadores sem produção e penalizações dos clientes que não receberam as suas encomendas.

Graça Mariano destacou ainda a perda de soberania que Portugal está a ter no que diz respeito à produção de carne, "sem que a administração pública se preocupe".

Por outro lado, disse que as empresas estão a perder capacidade de investimento devido ao "excesso de zelo e falta de bom senso" das entidades portuguesas, nomeadamente a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e a Direção-Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (DGADR).

O setor reclama ao Governo a abertura de uma linha de ajuda financeira ou que obrigue as empresas de fornecimento de energia "a não poderem utilizar o motivo de força maior para se livrarem de assegurar estes custos que não são imputáveis às indústrias".

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do "apagão".

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

Leia Também: PCP quer debater liberalização da energia no PE após apagão

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