Com os preços sempre a subir, quatro em cada dez inquiridos revelam ser difícil pagar as contas de supermercado, de acordo com um inquérito divulgado pela DECO PROTeste, na terça-feira.
Segundo a organização de defesa do consumidor, "que acompanha, desde 2022, o preço de um cabaz composto por 63 alimentos essenciais, como carne, peixe, fruta, legumes e ovos, os preços não param de aumentar".
"Este cabaz, que custava 188 euros no início de 2022, vale, hoje, cerca de 240 euros. Por outras palavras, o preço dos alimentos aumentou mais de 25% em três anos", pode ler-se num comunicado.
Em causa está um inquérito europeu, realizado pela DECO PROTeste a par das suas congéneres europeias, que revela também "haver uma crescente preocupação entre os consumidores sobre a sustentabilidade no setor da alimentação".
Aliás, "sete em cada dez inquiridos portugueses defendem políticas agrícolas que promovam práticas que protejam o ambiente e a biodiversidade, com 66% a apelar a que os subsídios europeus passem a privilegiar agricultores que adotem práticas que respeitem o ambiente e o bem-estar animal e que enfrentem dificuldades económicas".
Segundo o mesmo inquérito, os consumidores exigem "alimentos mais seguros e sustentáveis, a preços acessíveis".
"Muitos consumidores estão dispostos a pagar mais por alimentos produzidos em explorações que respeitam o ambiente, o bem-estar animal e os agricultores, desde que a atribuição dos apoios europeus garanta preços aceitáveis e práticas sustentáveis credíveis", pode ler-se num comunicado divulgado.
Segundo a organização, os "consumidores apelam a que as políticas agrícolas promovam a produção de alimentos a preços acessíveis, com menos pesticidas e antibióticos, e que respeite elevados padrões de segurança ambiental e o bem-estar animal".
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