Trump admite que afinal ainda não falou com a China sobre tarifas

O Presidente dos Estados Unidos admitiu hoje que ainda não reuniu com a China para discutir tarifas, apesar de ter dito o contrário nas últimas semanas, explicando que as reuniões vão decorrer "no momento apropriado".

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© JIM WATSON/AFP via Getty Images

Lusa
06/05/2025 18:58 ‧ há 4 horas por Lusa

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"Querem negociar, querem ter uma reunião, e nós vamos reunir-nos com eles no momento apropriado. Não me encontrei com eles", disse Donald Trump, no início do encontro com o primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, na Sala Oval da Casa Branca.

 

Nas últimas semanas, o Governo norte-americano anunciou ter mantido contactos com Pequim sobre as tarifas que Trump quer impor a nível global, e o próprio Presidente chegou a afirmar ter falado com o homólogo chinês, Xi Jinping, algo que Pequim negou e Washington não esclareceu posteriormente.

"A economia deles está a sofrer muito porque não comercializam com os EUA, e a maior parte do dinheiro vem dos EUA. Não se deixem enganar. Não lucram com outros países como lucram com este", acrescentou Trump, referindo-se à China.

O líder norte-americano defendeu que está a abordar as negociações tarifárias com diferentes países com uma "atitude amigável", mas insistiu que a principal preocupação é proteger os interesses dos cidadãos que representa.

"Pensem em nós como uma loja de super luxo, uma loja que tem os produtos que vai comprar e pagar. Vamos oferecer um preço muito bom. Vamos fazer grandes negócios e, em alguns casos, fazer ajustes, mas é assim que funciona", disse Trump.

"Podíamos assinar 25 contratos agora mesmo se quiséssemos. Mas são eles que têm de assinar os acordos connosco. Querem uma fatia do nosso mercado. Nós não queremos uma fatia do deles. Não nos preocupamos com o mercado deles", acrescentou o Presidente norte-americano.

Trump lembrou que Washington "é flexível" e "em algum momento, em alguns casos", vai assinar alguns acordos, mas sublinhou que, embora queira ajudar outras nações, não vai aceitar que o comércio norte-americanos seja prejudicado.

"Em alguns casos, diremos que queremos que abram o país. Noutros, queremos que reduzam as tarifas. Por exemplo, a Índia tem uma das tarifas mais elevadas do mundo. Não vamos tolerar isso, e eles já concordaram numa redução. Vão reduzi-la a zero. Eles já concordaram com isso. Nunca o teriam feito por ninguém além de mim", acrescentou.

Leia Também: Trump anuncia capitulação dos Huthis e fim de ataques no Iémen

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