O PKK anunciou em 11 de maio a dissolução e o fim da luta armada contra a Turquia, que causou cerca de 45.000 mortos em 40 anos, num conflito que alastrou ao Iraque e à Síria.
"O que realmente importa é a implementação" do anúncio, afirmou Erdogan ao grupo parlamentar do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), no poder, citado pela agência de notícias espanhola Europa Press.
Erdogan disse que os serviços secretos turcos "vão controlar de perto se as promessas são cumpridas".
Afirmou que o país está agora a entrar numa nova fase nos esforços para "uma Turquia livre do terrorismo".
O PKK é considerado uma organização terrorista pela Turquia, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Erdogan disse que os ramos do PKK no Iraque, na Síria e na Europa também devem reconhecer a nova realidade e juntar-se "ao processo de dissolução e desarmamento".
O PKK foi fundado em 1978 e pegou em armas contra o Estado turco em 1984.
Inicialmente, reclamou a independência curda e posteriormente um regime de autonomia.
O líder do PKK, Abdullah Ocalan, a cumprir uma pena de prisão perpétua desde que foi capturado e julgado em 1999, fez um apelo histórico em 27 de fevereiro deste ano para que o grupo se dissolvesse e terminasse a luta armada.
A decisão foi aprovada pelo congresso do PKK, reunido no fim de semana.
Para Erdogan, abriu-se "uma nova era de democracia e prosperidade" para a Turquia.
"Este problema, que durante mais de 40 anos causou dor a todos os cidadãos e custou milhares de milhões de dólares na luta contra o terrorismo, terminou graças à vontade do povo turco e à capacidade de resolver os seus próprios desafios", afirmou.
Erdogan também agradeceu aos partidos da oposição que, segundo disse, contribuíram para o processo.
Apelou ainda aos investidores internacionais para que tenham em conta as novas condições da Turquia e anunciou que as regiões do sudeste do país, anteriormente marcadas por conflitos, serão transformadas em destinos turísticos.
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