"O presidente brasileiro estimulou o presidente russo a comparecer à reunião de negociação entre Rússia e Ucrânia marcada para ocorrer em Istambul, nesta quinta-feira, 15 de maio", indicou em comunicado a Presidência brasileira.
O Brasil, reconheceu, contudo, "que a composição das delegações de negociadores é uma prerrogativa soberana dos chefes de Estado".
Lula da Silva enfatizou ainda o compromisso do Brasil com a paz e colocou-se "à disposição para colaborar no que for necessário na busca de entendimento entre a Rússia e a Ucrânia".
"Além disso, relatou a conversa bilateral com o Presidente chinês Xi Jinping, que resultou em declaração conjunta Brasil-China, reiterando a disposição do Grupo de Amigos da Paz e de países do Sul Global em cooperar para o fim do conflito", lê-se na mesma nota.
Lula da Silva esteve pessoalmente com Putin na semana passada, quando este visitou Moscovo por ocasião do 80.º aniversário da vitória da antiga União Soviética sobre a Alemanha na Segunda Guerra Mundial.
Até agora, a Rússia e a Ucrânia mantiveram o suspense sobre o formato das conversações de paz em Istambul, local da última reunião dos dois beligerantes, há três anos.
O Kremlin confirmou que vai enviar uma delegação à Turquia, onde já se encontra o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiga, mantendo-se ainda a dúvida sobre a participação do próprio Zelensky.
Nos últimos dias, Zelensky pediu ao homólogo russo que participasse pessoalmente nestas discussões, inicialmente anunciadas pelo líder do Kremlin e que visavam abrir um processo diplomático para encontrar uma solução para o conflito.
O Presidente russo, que apareceu publicamente várias vezes desde a oferta de Zelensky, manteve-se em silêncio sobre o assunto.
Leia Também: Putin fora de delegação do Kremlin que vai a Istambul