Líder da oposição venezuelana pede a EUA que ajustem política migratória

O líder político venezuelano Edmundo González Urrutia pediu hoje aos Estados Unidos que flexibilize a sua política migratória para "proteger" os venezuelanos que emigram para esse país, fugindo da crise política, económica e social na Venezuela.

Edmundo González Urrutia

© JOSE JORDAN/AFP via Getty Images

Lusa
06/06/2025 22:12 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Migrantes

"Hoje pedimos às autoridades dos EUA que ajustem a sua política migratória para proteger os venezuelanos inocentes que fogem da perseguição e da miséria impostas pela tirania", expressa num comunicado divulgado na sua conta da X.

 

O pedido tem lugar dois dias depois de a Casa Branca anunciar que imporá restrições à entrada em território norte-americano de cidadãos naturais de 19 países, entre eles da Venezuela.

"Milhões de venezuelanos foram forçados ao exílio. Não por escolha, mas por um sistema que lhes nega os seus direitos, os seus documentos, a sua identidade, o seu futuro. Fugir não é um privilégio; é uma tragédia em si mesma. Ninguém abandona o seu país, a sua família e a sua história por prazer. Por isso, não se deve revitimizar aqueles que já sofreram o desenraizamento, a opressão e a dor de deixar tudo para trás", explica o líder opositor no comunicado.

Exilado em Espanha, Edmundo González Urrutia sublinha ainda que as medidas de restrições dos EUA "devem focar-se nos que sustentam o regime criminoso dentro e fora da Venezuela, não nas vítimas".

"A justiça não pode ser confundida com punição indiscriminada. Proteger os deslocados é um imperativo moral", conclui.

Edmundo González Urrutia é um político venezuelano que a oposição diz ter as atas que comprovariam que ganhou as eleições presidenciais de julho de 2024 na Venezuela, nas quais Nicolás Maduro foi proclamado Presidente da República.

Os Estados Unidos anunciaram segunda-feira que impedirão a partir de segunda-feira a entrada em território nacional de cidadãos de 12 países, para "proteger" o país, e imporão restrições a sete outros países.

A decisão da Casa Branca aplica-se aos seguintes países: Afeganistão, Myanmar (antiga Birmânia), Chade, Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.

Os cidadãos de outros sete países estão sujeitos a restrições na concessão de vistos: Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turquemenistão e Venezuela.

Leia Também: Venezuela. Oposição exige libertação de ativista preso há mais de 5 meses

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