"Continuamos a recolher informações sobre o ataque mortal e injustificado contra os nossos membros da equipa local e voluntários. Neste momento, podemos confirmar que pelo menos oito pessoas foram mortas e muitas outras ficaram feridas", disse o diretor interino da organização, John Acree, num comunicado divulgado em Genebra.
Acree disse ainda que a fundação admitiu encerrar hoje as suas instalações devido à crescente insegurança, mas acabou por decidir que "a melhor resposta aos assassinos cobardes do Hamas era continuar a entregar comida ao povo de Gaza".
"Não desanimaremos na nossa missão de garantir a segurança alimentar da população palestiniana em Gaza", prometeu o diretor da fundação.
Em reação a estas acusações, o Hamas classificou a fundação como uma "máquina ignóbil" ao serviço do Exército israelita.
"A Fundação Humanitária de Gaza tornou-se uma "máquina ignóbil nas mãos do Exército de ocupação, que é utilizada para atrair civis para armadilhas mortais", disse o gabinete de comunicação do Governo do Hamas no enclave palestiniano.
Num primeiro comunicado enviado na noite de quarta-feira, a fundação denunciou o "ataque hediondo e deliberado" dirigido às suas atividades e atribuiu essa iniciativa ao movimento islamita Hamas.
Os membros da equipa da fundação que foram vítimas do ataque estavam a caminho de um dos seus centros de distribuição na zona oeste de Khan Younis, segundo a organização.
A Fundação Humanitária de Gaza - uma organização com financiamento obscuro -- instalou-se desde o final de maio no território palestiniano, que está cercado pelo Exército israelita desde outubro de 2023.
A ONU recusa-se a trabalhar com esta organização devido à falta de garantias quanto à sua neutralidade.
Leia Também: Fundação apoiada pelos EUA denuncia ataque do Hamas. Matou cinco membros