"Ficam dispensados de visto e de autorização prévia de entrada na Região Administrativa Especial de Macau os nacionais do Reino da Arábia Saudita, do Estado do Qatar, do Estado do Kuwait, do Reino do Barém e do Sultanato de Omã", foi publicado em Boletim Oficial.
A medida, que entra em vigor em 16 de julho, surge numa altura em que o Governo de Macau quer atrair mais visitantes internacionais e após as autoridades e operadores turísticos do território terem visitado, em fevereiro, a Arábia Saudita e o Dubai, para promover a cooperação.
A Direção dos Serviços de Turismo lançou, nessa ocasião, "um guia turístico de Macau para muçulmanos, com divulgação de opções 'halal' [nomeadamente na alimentação, em acordo com a lei islâmica]", referiu a DST em comunicado.
"O guia apresenta os aspetos a ter em conta durante a estadia em Macau, cultura gastronómica, recomendações de itinerários, entre outras informações úteis para visitantes muçulmanos", lê-se na nota.
No sentido de facilitar a entrada de visitantes de outras geografias fora da China, o secretário para a Segurança de Macau anunciou, no final de abril, planos para acelerar o controlo fronteiriço através da utilização de canais eletrónicos automáticos.
Durante a apresentação do programa político para 2025, Wong Sio Chak afirmou que o território vai alargar a utilização de pontos de passagem automática a cidadãos estrangeiros sem estatuto de residente ou autorização de trabalho.
Para facilitar os "intercâmbios com o exterior", as autoridades irão expandir os equipamentos de autosserviço para o Sistema de Recolha de Dados Biométricos, que passará a aplicar-se a todos os visitantes estrangeiros, explicou o dirigente.
Aos deputados na Assembleia Legislativa, o secretário acrescentou que o Governo vai continuar a otimizar a tecnologia de reconhecimento por íris nos controlos fronteiriços e a estudar a extensão a não residentes em 2025.
De acordo com dados oficiais, Macau recebeu, em 2024, 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8% do que no ano anterior, mas apenas 2,42 milhões (6,9%) foram turistas internacionais. O grosso dos visitantes - 70,1% - chegaram do interior da China, sendo que outros 20,6% são de Hong Kong e 2,4% de Taiwan.
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