De acordo com o relatório mensal do Observatório Europeu dos Meios de Comunicação Digitais (EDMO), dos 1.760 artigos intercetados em maio pelas 33 organizações que constituem a rede de verificação de factos, 173 (10%) centraram-se na desinformação relacionada com a Ucrânia e 138 (8%) eram sobre desinformação referente à UE, tendo ambos os tópicos mantido as mesmas percentagens em relação ao mês anterior.
"A recorrência das principais narrativas de desinformação sobre a guerra na Ucrânia, promovidas pela propaganda pró-Rússia (...) tentam atingir a opinião pública na UE", lê-se no relatório que salienta narrativas desinformativas como retratar os refugiados ucranianos como "parasitas".
Além disso, 118 (7%) eram sobre desinformação referente à Covid-19, 89 (5%) sobre desinformação relacionada com a imigração, 86 (5%) sobre o conflito no Médio Oriente, 82 (5%) referentes a desinformação relacionada com as alterações climáticas e 29 (2%) sobre questões LGBTQ+ e de género.
"A desinformação sobre o conflito no Médio Oriente aumenta significativamente após meses de relevância mínima. As informações falsas sobre a Covid-19 também voltaram a aumentar, subindo três pontos percentuais a atingindo o valor mais alto desde maio de 2023 (7%)", lê-se no relatório.
A percentagem de histórias de desinformação que utilizaram conteúdos gerados por inteligência artificial (IA) manteve-se em maio, assemelhando-se aos valores de abril, sendo que, dos 1.760 artigos de verificação de factos, 110 (6%) abordaram a utilização desta tecnologia na desinformação.
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