Israel justifica na ONU ataques ao Irão face a "ameaças de extermínio"

Israel afirmou, numa carta endereçada esta terça-feira ao secretário-geral da ONU, ao Conselho de Segurança e à Assembleia Geral, que os ataques contra o Irão se justificam porque o país "não vai aceitar a ameaça existencial de extermínio".

ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar,

© ARIS MESSINIS/AFP via Getty Images

Lusa
17/06/2025 23:49 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Não se trata apenas de retórica: o Irão tem um plano para eliminar Israel, que inclui planos e ações concretas para atingir o seu objetivo", diz a carta assinada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, a que a agência de notícias espanhola EFE teve acesso.

 

Saar afirma que o Irão planeia produzir 10.000 mísseis balísticos em três anos e "dada a dimensão de Israel, esta é uma ameaça intolerável (...) Nenhum país do mundo toleraria tal ameaça", adiantando ainda que "Israel, como pátria dos judeus, não pode e não aceitará a ameaça existencial de extermínio".

É por isso que Israel lançou uma série de ataques em que "respeita escrupulosamente as leis dos conflitos armados, uma vez que preparou ataques precisos contra alvos militares, tomando todas as medidas ao seu alcance para minimizar os danos aos civis".

Desde o início da manhã de sexta-feira, Israel tem levado a cabo uma campanha de bombardeamento maciço contra diferentes partes do Irão, que já matou pelo menos 232 pessoas e feriu cerca de 1800, a maioria civis, mas também altos funcionários militares e cientistas envolvidos no programa nuclear.

O ministro israelita afirma que Teerão age exatamente de forma contrária, adiantando que "o regime despótico do Irão lança mísseis bárbaros indiscriminadamente contra Israel, atingindo deliberadamente civis".

Saar conclui que a operação militar lançada contra o Irão "visa alcançar um Médio Oriente mais seguro e estável", argumentando que é o regime iraniano que "desestabiliza a região e não só".

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.

O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.

Leia Também: Von der Leyen diz que Teerão é "fonte de instabilidade e terrorismo"

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