"As ações de Israel, a ignorar o direito internacional e as regras internacionais, causaram uma tensão repentina no Médio Oriente, e a China também está muito preocupada que a situação possa ficar fora de controlo", disse Wang Yi ao homólogo egípcio, Badr Abdelatty, durante uma conversa telefónica, de acordo com a diplomacia chinesa.
Numa outra chamada telefónica com a diplomacia de Omã, também hoje, Wang Yi disse que os dois países "não podem ficar de braços cruzados e deixar a região cair num abismo desconhecido", segundo relatou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
Israel tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.
Em resposta, o Irão prometeu bombardear Israel implacavelmente até que os ataques terminassem.
Ao sexto dia de guerra, o líder supremo iraniano, o 'ayatollah' Ali Khamenei, recusou uma rendição dos iranianos e advertiu para "danos irreparáveis" se os Estados Unidos intervierem no conflito com Israel.
"A nação iraniana opõe-se firmemente a uma guerra imposta, tal como se oporá firmemente a uma paz imposta. Esta nação nunca se renderá à imposição de quem quer que seja", afirmou Khamenei, numa declaração lida na televisão estatal.
Na terça-feira, a China acusou o Presidente norte-americano, Donald Trump, de "deitar mais achas para a fogueira" no conflito entre Israel e o Irão e pediu aos seus cidadãos que abandonassem os dois países, com o Presidente chinês, Xi Jinping, a apelar a todas as partes para trabalharem "o mais rapidamente possível" para reduzir a tensão.
Leia Também: Irão desativa Internet para "evitar abusos inimigos" após ataques aéreos