"Advertimos Washington contra tais ações e até contra a especulação sobre elas. Isso desestabilizaria radicalmente toda a situação", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
Riabkov disse que os Estados Unidos estão constantemente a dizer que não interferem e depois que vão intervir.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na terça-feira que sabe onde se esconde o líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, mas referiu que não o vai "eliminar por agora".
"Ele [Khamenei] é um alvo fácil", acrescentou Trump, contribuindo para as crescentes especulações de que os Estados Unidos poderão entrar no conflito.
Em declarações à agência de notícias russa Interfax, Riabkov também advertiu Washington contra a concessão de ajuda militar direta a Israel.
"Outra questão é a forma como encaram a situação do fornecimento de ajuda militar direta a Israel. Advertimos Washington contra essas opções, mesmo especulativas e teóricas. Este seria um passo que desestabilizaria radicalmente toda a situação", acrescentou.
Israel iniciou uma ofensiva militar contra o Irão em 13 de junho, com ataques a instalações militares e do programa nuclear iraniano.
Os ataques israelitas causaram pelo menos 232 mortos, incluindo altos comandos militares e cientistas que trabalhavam no programa nuclear, segundo dados oficiais.
O Irão ripostou e provocou 24 mortos em Israel, de acordo com as autoridades de Teerão.
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