"Corrida ao armamento" na NATO? Putin anuncia reforço de tríade nuclear

Vladimir Putin, referindo-se aos 5% para Defesa, garantiu que os Estados-membros da NATO já gastam neste setor "mais do que todos os países do mundo juntos".

Victory Day in Russia

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Lusa
23/06/2025 14:52 ‧ há 9 horas por Lusa

Mundo

Vladimir Putin

A NATO está a causar uma corrida ao armamento no mundo, declarou hoje o presidente russo, anunciando o reforço da tríade nuclear com novos bombardeiros Tu-160M e mísseis balísticos intercontinentais RS-24 Yars.

 

"Sabemos que na cimeira da NATO [que começa na terça-feira em Haia] está previsto anunciar o início de um programa em grande escala para continuar a aumentar o potencial da Aliança", afirmou Vladimir Putin, ao discursar perante um grupo de licenciados de escolas e academias militares, num ato transmitido em direto pela televisão russa.

"Para a implementação, os orçamentos militares dos países-membros serão aumentados. [...] Disto conclui-se claramente quem é que realmente provoca uma militarização global e uma corrida ao armamento", acrescentou.

Putin, que se referiu expressamente ao novo limite de 5% do produto interno bruto (PIB) em gastos com armamento que os aliados devem acordar, garantiu que os Estados-membros da NATO já gastam neste setor "mais do que todos os países do mundo juntos", de acordo com a agência de notícias Interfax.

Nesse sentido, Putin referiu que a Aliança Atlântica "tenta justificar" essa ambição em defesa recorrendo à "ideia de ameaças" por parte da Rússia, a "algum tipo de possível invasão" de territórios que replicaria a ofensiva que ainda continua em aberto na Ucrânia e que começou em fevereiro de 2022.

"Inventaram esta história e repetem-na ano após ano", salientou Putin, que descreveu estas suspeitas recorrentes sobre os planos de Moscovo como "mentiras descaradas".

O Presidente russo aproveitou o discurso numa reunião com estudantes militares para anunciar um reforço da "tríade nuclear", um termo com o qual se conhecem as Forças Nucleares Estratégicas e que inclui mísseis intercontinentais, submarinos atómicos e aviação estratégica.

Mais concretamente, Putin, que avançou que o governo vai continuar a prestar "especial atenção" a esta tríade, confirmou a incorporação de novos mísseis Yars e bombardeiros Tu-160-M.

Além disso, a Rússia iniciou a produção em série do míssil de médio alcance Oreshnik, que, segundo Putin, "demonstrou um excelente desempenho em combate".

As Forças Armadas russas já utilizaram este míssil hipersónico para bombardear a Ucrânia.

Leia Também: EUA insistem: Todos os aliados da NATO têm de gastar mais em Defesa

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