"Nós queremos fazer crescer o grupo parlamentar, queremos representar distritos que antes não representávamos e isso é muito importante porque representa a chegada à maturidade de um projeto político, que é um projeto de uma esquerda verde europeia de que muita gente sente falta", afirmou Rui Tavares no Mercado de Cascais, no distrito de Lisboa, onde arrancou com a campanha eleitoral para as legislativas de 18 de maio.
Enquanto distribuía panfletos, o líder do partido lembrou que o Livre é uma esquerda que "não recua um milímetro sequer" em termos de direitos dos trabalhadores e de direitos dos cidadãos e que é uma esquerda capaz de falar de liberdade.
"Coisa que a esquerda, de certa forma, deixou abandonada para ser aproveitada, usada e abusada por uma direita que, verdadeiramente, uma delas não gosta de liberdade, porque se se apanhasse no poder eram os piores autoritários e outra que acha que a liberdade é só uma questão de menos impostos", atirou.
E, na sua opinião, uma esquerda que volta a falar de liberdade pode recuperar dezenas de milhares de votos que já foram de esquerda e que passaram para a direita nas últimas eleições.
Rui Tavares ressalvou ainda que uma esquerda que tem a responsabilidade de oferecer uma alternativa de Governo não deixa o Estado acantonado só na regulação e na burocratização e percebe que o Estado tem que voltar a construir casas, linhas de comboio, novas modalidades de transportes, parques, jardins e creches.
Rodeado de muitas bandeiras com a papoila que é o símbolo do partido, o porta-voz assumiu que quer mais deputados, mas escusou-se a adiantar quantos mais, alegando que não gosta de anunciar metas.
Mas, à conversa com um florista, cuja banca estava muito concorrida para a compra de ramos de flores por causa do Dia da Mãe, Rui Tavares deixou escapar querer "muitas papoilas nos boletins de voto".
"Estamos num mês, maio, que é bom para as papoilas porque elas multiplicam-se", frisou.
Questionado sobre se acha que as papoilas do Livre se vão multiplicar a 18 de maio, o líder do partido disse apenas que já há imensas papoilas pelo país todo, sendo o Livre um partido que já chega a muita gente e que não precisa de ser apresentado.
"Vamos ver se vamos ter tantas papoilas como aquelas que estão espalhadas pelo país nesta altura do ano", concluiu.
Leia Também: Tavares: Montenegro quer ser "absolvido" e fazer dos eleitores "juízes"