Um doador misterioso pagou uma multa de 1.446 euros que poderá permitir que o principal suspeito pelo desaparecimento de Madeleine McCann, Christian Brueckner, seja libertado dentro de três meses, a 17 de setembro.
O alemão, de 48 anos, está atualmente a cumprir uma pena de sete anos de prisão na Alemanha, por um crime de violação que cometeu em 2005, no Algarve, em Portugal, sobre uma idosa norte-americana que, na altura, tinha 72 anos. O castigo termina em setembro e, com esta multa paga, Brueckner deverá mesmo sair nesse mês, se estivesse por pagar teria de cumprir pena durante mais 56 dias.
Este novo cenário não agrada aos investigadores do caso Maddie, que queriam manter Christian Brueckner atrás das grades mais tempo para poderem apresentar novas acusações pelo desaparecimento da menina britânica.
Além da misteriosa doação, o advogado do suspeito, Friedrich Fülscher, revelou ao jornal alemão Bild que, depois de ser libertado, Christian Brueckner planeia ir viver para a ilha de Sylt, no norte da Alemanha, onde já esteve detido, durante 21 meses, por tráfico de droga.
Ao ser libertado, os investigadores do caso Maddie temem que o homem fuja do país e seja mais difícil levá-lo a tribunal, mesmo que encontrem provas suficientes para o acusar pelo desaparecimento.
Christian Brueckner está a ser investigado pela polícia alemã pelo desaparecimento de Maddie desde 2020 tendo, até agora, negado veementemente todas as acusações. Em outubro do ano passado foi também ilibado de vários ataques sexuais que aconteceram no Algarve, entre 2000 e 2017.
A notícia da doação anónima surge pouco mais de uma semana depois de as autoridades terem feito buscas em Lagos, no Algarve, perto da antiga casa do alemão e do local onde a menina desapareceu.
Na semana passada, o Ministério Público alemão comunicou que as buscas foram "concluídas conforme planeado" e, para já, não tem resultados para apresentar.
No final dessa nota, o Ministério Público alemão agradece a "todos os agentes policiais envolvidos nas buscas" e acrescenta que a "cooperação entre a polícia portuguesa e o Departamento Federal de Investigação Criminal (BKA) foi excelente e muito construtiva".
Recorde-se que Madeleine McCann desapareceu a 3 de maio de 2007, poucos dias antes de fazer quatro anos, do quarto onde dormia com os irmãos gémeos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz.
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