Academia do Bacalhau venezuelana ajuda luso-descendentes há 13 anos

Há  quase 13 anos que os luso-venezuelanos radicados em Los Teques (30 quilómetros a sul de Caracas) se reúnem para ajudar compatriotas carenciados, em tertúlias da Academia do Bacalhau de Los Altos Mirandinos (Abam).

Cada português come em média 15 kg de bacalhau por ano sobretudo no Natal

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Lusa
18/06/2025 06:06 ‧ há 5 horas por Lusa

País

Venezuela

"A Abam já tem quase 13 anos trabalhando, ajudando a nossa comunidade e também venezuelanos. Na tertúlia de hoje temos mais de 100 pessoas e estamos a celebrar o Dia de Santo António, o Dia do Pai e o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas", explicou o cônsul honorário de Portugal em Los Teques.

 

Fundador da Abam, Pedro Gonçalves, falava à Lusa, na terça-feira, à margem de mais uma tertúlia mensal, que decorreu em Polo Bristó, no Clube de Campo de Los Teques.

O cônsul explicou que, apesar do tempo que já leva de atividade, a Abam foi oficializada apenas há um ano e os valores angariados destinam-se a ajudar lares locais da terceira idade, casas de crianças abandonadas ou cujos pais estão em prisão.

"Exercemos uma grande função social, que é reconhecida pela comunidade. Esta é uma zona agrícola, onde há mais de 30 mil portugueses e lusodescendentes, e há muita necessidade, há muitas pessoas a pedir ajuda", disse.

Pedro Gonçalves disse ainda que há portugueses que recebem localmente ajuda do Governo português, que é complementada, à sua maneira, com visitas da Abam, durante as quais é feita a entrega de alimentos e medicamentos.

"O Governo de Portugal está a ajudar muito a nossa comunidade carenciada, mas a Abam tem atendido algumas necessidades de medicamentos e [acorrido a] situações em que as pessoas não podem custear hospitalizações", disse.

Celestino José dos Santos, presidente da Abam, explicou à Lusa que a direção da instituição é composta por "oito compadres" muito atentos às carências da comunidade e dos venezuelanos.

"Aqui em Los Altos Mirandinos há 4 orfanatos e lares com crianças (venezuelanas) de rua maltratadas, muitas com as mães presas numa cadeia da região. Nós levamo-lhes fraldas, detergentes e alimentos: cachorros quentes, hambúrgueres, refrigerantes e aperitivos. Passam um dia diferente connosco e gostam muito", disse.

Para além destes apoios, tem havido casos de lares que precisam de ajuda porque "as canalizações estão colapsadas", acrescentou Celestino dos Santos.

"Nesses casos, contratamos um canalizador para fazer o trabalho e a limpeza necessária", disse.

Sobre as tertúlias, o presidente da Abam explicou que decorrem mensalmente e que, mesmo em momentos em que havia escassez, o bacalhau esteve sempre no cardápio do dia: "É sempre bacalhau, de uma ou de outra maneira, pode ser ao forno ou à portuguesa".

Leia Também: Associação venezuelana de jornalistas pede libertação de ativista detido

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