De acordo com dados hoje revelados à agência Lusa pela paróquia da Senhora da Conceição, no Porto, o custo daquelas refeições representam um investimento de 1,62 milhões de euros, contra os 1,17 milhões contabilizados em 2023.
"O apoio alimentar corresponde a cerca de dois terços (68,4%) de todo o investimento feito em refeições disponíveis na cidade (não inclui Segurança Social)", refere a nota da instituição.
No total, a rede municipal de voluntariado gastou 23.660 horas de trabalho diretamente nas rondas de distribuição das refeições, contra as 16.385 horas despendidas em 2023.
As "despesas de combustível ascendem a 43.024 euros" e a "distância percorrida correspondeu a 357.000 quilómetros, o equivalente a 8,9 voltas à Terra".
No total, a rede municipal de apoio às pessoas em situação de sem abrigo, integra 63 entidades que "dividem a sua intervenção segundo seis eixos de ação, sendo um deles o eixo que junta todas as organizações voluntárias que fazem rondas pela cidade ou têm pontos fixos de distribuição de comida".
"Este eixo, que junta cerca de 30 entidades, desde entidades formais até a grupos informais tem uma ação capilar e próxima com as pessoas que estão na rua ou próximo dela. Elas providenciam apoio e refeições todos os dias do ano, quase todas à noite, a maioria percorrendo as ruas da cidade indo ao encontro das pessoas que vivem na rua", destaca a instituição.
A paróquia da Senhora da Conceição destaca que "além deste apoio, todo baseado na sociedade civil, existem na cidade do Porto três restaurantes solidários financiados pelo Município do Porto".
"Se os adicionarmos aos números antes referidos obtém-se 444.916 refeições, e 2.361.800 euros investimento, sendo que a Segurança social apoia algumas cantinas sociais das quais não se obteve dados. Desta forma, com o esforço de dezenas de entidades da sociedade civil são mobilizados mais de 1,6 milhões de euros em prol do combate à fome na cidade", sublinha.
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