No Tribunal de Braga, no início do julgamento, a vítima aludiu a um historial de violência protagonizado pela filha, atualmente com 27 anos, adiantando que esta tem "problemas" do foro psiquiátrico desde os 13/14 anos.
"Agrediu-me várias vezes, partiu plasmas, telemóveis e tablets, automutilava-se, era violenta e agressiva", contou a vítima, adiantando ainda que a filha era toxicodependente.
Na madrugada de 24 de agosto, a vítima estava a dormir e a filha entrou no seu quarto e agrediu-a com uma faca de cozinha e regou-a com vodka e álcool, pegando-lhe fogo com um isqueiro.
A acusação diz ainda que a arguida começou por colocar um pano impregnado com vodka na boca e nariz da mãe, mas esta não confirmou estes factos em julgamento.
A vítima conseguiu fugir por uma janela e pedir ajuda, acabando por ser transportada para o hospital, com queimaduras no corpo e ferimentos no abdómen.
"A intenção dela era mesmo para me matar", disse hoje a vítima.
Na acusação, o Ministério Publico lembra que a arguida já vinha sendo tratada em psiquiatria e diz que tentou matar a mãe para se vingar do facto de ela ter apresentado queixa na GNR por alegada violência doméstica.
A mãe disse que, por altura das agressões, a filha não estaria a tomar a medicação.
A arguida, que está em prisão preventiva, escusou-se a prestar declarações.
Em cima da mesa está a hipótese de a arguida ser declarada inimputável, uma questão que será vertida no acórdão.
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