Chegam esta quinta-feira a Portugal os cidadãos que pediram para ser repatriados de Israel, informou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
De acordo com uma nota enviada às redações, o voo da TAP deverá chegar ao Aeroporto Militar de Figo Maduro, em Lisboa, por volta das 18h30.
O Secretário de Estado das Comunidades, Emídio Sousa, deverá estar no local para os receber.
"Está a decorrer neste momento a fase final da operação desencadeada e coordenada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, de repatriamento de portugueses de Israel", lê-se na missiva.
Recorde-se que, na segunda-feira, Portugal já tinha retirado portugueses do Irão e tinha em curso uma operação de repatriamento em Israel, para responder aos 130 pedidos de repatriamento registados até àquele dia.
A situação "mais complexa" era a do Irão, sublinhou Paulo Rangel. "Já saíram ontem [domingo], por nossa mão, por terra, quatro portugueses para o Azerbaijão. Entretanto, já tinha saído um pela Turquia, ainda três expatriados que estão, mas que têm meios próprios para regressar", detalhou.
"Depois, a segunda mais complexa é obviamente a dos cidadãos que estão em Israel. Tivermos 130 pedidos de repatriamento, uma parte muito importante de cidadãos que estavam em trânsito ou que estão a fazer turismo, ou que estavam em trabalho e que obviamente ficaram sem aviões", adiantou o ministro.
Em conferência de imprensa, Rangel afirmou que "já começou uma operação para os trazer para Portugal", admitindo "riscos maiores" porque "implica deslocações rodoviárias grandes".
Pelo menos 34 portugueses que estavam de férias no Irão, para conhecer a antiga Pérsia, aterraram em Lisboa às 15h08 de terça-feira.
Outros mais de 400 cidadãos da União Europeia, de países como Eslováquia, Lituânia, Grécia e Polónia, foram retirados de Israel na sequência do encerramento do espaço aéreo israelita.
A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.
Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
O Irão retaliou com centenas de mísseis contra Israel.
O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.
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