PPM receia que PSD e CDS 'roubem' portugueses como fizeram com nome da AD

O presidente do Partido Popular Monárquico (PPM), Gonçalo da Câmara Pereira, considerou hoje que houve um "roubo" do nome da coligação AD pelo PSD e CDS-PP, e admitiu recear que façam o mesmo aos portugueses.

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Lusa
08/05/2025 13:10 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

PPM

Durante uma ação de campanha eleitoral em Serpa, no distrito de Beja, o presidente do PPM foi questionado pelos jornalistas sobre se, por o seu partido ter sido excluído, a AD -- Coligação PSD/CDS vai sair prejudicada nestas eleições legislativas de 18 de maio.

 

"Bem, eu não chamo AD [a esta coligação]. A AD éramos nós", disse, referindo-se à coligação que concorreu nas legislativas de 2021, a Aliança Democrática (AD), que integrou PSD, CDS-PP e PPM.

Agora, frisou, "não há AD, aquilo é uma coligação PSD/CDS que já houve várias vezes" e o que esses dois partidos "estão a fazer [é] a roubar o nome a uma coligação que existia".

"Tirando um [dos partidos], é roubar. Portanto, isto é o que eles vão fazer, se calhar, aos portugueses. Isto é o meu medo. Quem trata assim um amigo durante anos, como é que vai tratar os portugueses? Isto é o que eu chamo consciência", argumentou.

Acompanhado pelo secretário-geral do PPM, Paulo Estêvão, e pelo candidato pelo círculo de Beja às legislativas, Bento Fialho, ambos de Serpa, Gonçalo da Câmara Pereira pediu ainda aos portugueses para "que se revejam neste processo" do PSD e CDS.

"E pensem que o PPM tem mais para dar do que ser companheiro de 'route' e ser maltratado pelos seus amigos", acrescentou, traçando como objetivo a eleição de pelo menos um deputado.

Perante a insistência dos jornalistas sobre se a AD -- Coligação PSD/CDS poderá ser penalizada nas urnas, o presidente do PPM respondeu afirmativamente, evocando os contributos que esta força política deu, em várias eleições, em coligações.

"O PPM nunca teve muitos votos, mas potencia qualquer coligação onde entrou. Estamos a falar, por exemplo, no caso do Sá Carneiro, na altura, o PPM deu os votos que lhes deu exatamente mais cinco deputados na Assembleia da República", ou do caso de "Pedro Santana Lopes que ganhou as eleições para a Câmara Municipal de Lisboa quando meteu o PPM e ganhou por 700 votos", indicou.

E no caso "do Carlos Moedas que ganhou a Câmara Municipal de Lisboa com mais dois mil votos porque meteu o PPM. O PPM potencia qualquer coligação", afiançou.

Nesta deslocação a Serpa, a comitiva do PPM visitou o mercado municipal, praticamente vazio, só com uma vendedora de hortaliças e legumes na praça central e com as lojas permanentes abertas.

O presidente do partido aproveitou para defender ainda o avanço da regionalização e medidas para estancar o despovoamento do interior do país, atraindo mais jovens a regiões como o Alentejo.

Os panfletos com o rosto do candidato por Beja na primeira página não 'soaram' estranhos a quem os recebeu. Cláudia Colaço, dona de uma loja de produtos regionais no mercado, disse que Bento Fialho "é mais conhecido do que o azeite de Moura" lá na terra.

Já num café próximo do mercado, onde a comitiva foi cumprimentar mais pessoas, Gonçalo da Câmara Pereira aproveitou para recordar tempos idos: Ainda sou do tempo em que se bebia um bagaço e comia um bocado de toucinho [de manhã] para dar forças para cavar... Mas também morria-se cedo".

[Notícia atualizada às 13h54]

Leia Também: PPM vai entregar providência cautelar contra grafismo da AD

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