Luís Montenegro visitou hoje a Escola Prática de Polícia, em Torres Novas (distrito de Santarém), e, no final, foi questionado sobre uma alegada descida da AD - Coligação PSD/CDS-PP e o crescimento do Chega nos estudos de opinião diários que têm sido publicados pela comunicação social.
"Não há dúvida nenhuma, se for ver as sondagens, que a força política que mais cresce somos nós. Não há dúvida nenhuma. Eu não estou a usar os meus números. Também os tenho e até são melhores do que os vossos. Mas isso eu não vou usar", afirmou.
O líder social-democrata defendeu que, comparando com a situação política de há um ano, os números das sondagens e barómetros "são inequívocos no reforço da condição de apoio ao Governo".
Questionado se, numa análise diária, a "maioria maior" que tem pedido para a AD não está mais difícil, respondeu negativamente.
"Não está, acredite que não está", afirmou, dizendo ter a perceção de que "o povo português quer que este governo continue o trabalho e acha que deve haver estabilidade".
O presidente do PSD admitiu que "há ideias aproveitáveis em todas as forças políticas, mas salientou que só há duas escolhas para primeiro-ministro.
"Qual é a orientação de política principal que o país deve seguir? Qual é o primeiro-ministro que o país quer? Qual é o candidato da primeiro-ministro dos dois possíveis que os portugueses entendem têm mais condições para governar? E têm que responder essa pergunta", afirmou.
"O dia para resolver a questão da estabilidade e da governabilidade é no domingo", afirmou.
Aos jornalistas, Montenegro voltou a não responder diretamente sobre eventuais entendimentos pós-eleitorais com a Iniciativa Liberal.
"Eu não vou teorizar sobre isso porque nós, ao longo da nossa história, temos sido capazes de fazer vários entendimentos com forças políticas à nossa direita e à nossa esquerda, mas neste momento nós estamos concentrados numa outra circunstância, que é a de conquistar uma maioria maior para governarmos com estabilidade o país", disse.
Montenegro foi ainda questionado se a presença do seu filho mais velho no comício de campanha de Vila Real não reaviva na campanha o tema da empresa Spinumviva - na origem da crise política e das eleições antecipadas -, já que a mesma foi criada por Luís Montenegro e recentemente transmitida aos filhos.
"Não, eu creio que é uma situação completamente normal, um filho ir apoiar um pai, e aquilo que eu posso dizer como pai é que lhe agradeço muito e sinto-me muito motivado por ter a minha família aqui", afirmou.
Já sobre as suas palavras no comício de segunda-feira à noite em Vila Real -- onde defendeu que a AD não é nem socialista nem liberal -, Montenegro recusou ter-se referido à IL como extremo, mas reafirmando a ideia de base.
"Nós não somos nem coisa nem outra, somos centrais, somos moderados. Evidentemente que com a possibilidade de conciliarmos políticas, quer com uns, quer com outros", disse hoje.
Em Vila Real, Montenegro afirmou que a AD não é nem socialista, nem liberal e concluiu: "Como dizia o Nuno Melo, nós não somos nem de um extremo nem de outro. Nós somos do centro, do equilíbrio, da moderação".
O também primeiro-ministro foi ainda questionado sobre as críticas do presidente da Câmara de Sintra eleito pelas listas do PS e ex-dirigente do CDS-PP, Basílio Horta: "Ainda bem que o Adelino Amaro da Costa e o Diogo [Freitas do Amaral] não estão vivos para ver a desgraça em que o CDS se tornou".
"Eu não tive a ocasião de ouvir isso, mas, mais uma vez, está o retrovisor a funcionar, a olhar para trás, nós estamos a olhar para a frente, nós estamos na campanha eleitoral a apresentar propostas, estamos aqui a falar da segurança dos cidadãos", afirmou Montenegro, aproveitando para dizer que "Sintra é um conselho onde é importante reforçar a segurança".
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