Ao décimo dia de campanha para as legislativas, num almoço no Quartel dos Bombeiros de Queluz, em Sintra, Lisboa, António Costa Silva juntou-se à comitiva e fez um discurso no qual elencou seis razões para que, "os portugueses sejam socialistas ou não", decidam dar a vitória ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, no domingo.
"Pedro Nuno Santos e o PS merecem essa vitória, porque ele é a única pessoa em Portugal hoje que pode impedir a vitória de um candidato que já anunciou que vai introduzir a motosserra no Governo de Portugal. E a motosserra no Governo de Portugal significa dar azo aos projetos mais radicais da Iniciativa Liberal", defendeu, numa referência à possível coligação entre a AD e a IL que acusa de "acelerar a destruição" do SNS, do sistema de Segurança Social e privatizar a Caixa Geral de Depósitos.
A liderança do país é um das questões fundamentais, na perspetiva do antigo ministro, que está em causa nas eleições de domingo, citando Luís de Camões quando disse que "um rei fraco torna fraca a forte gente".
"E nós temos que decidir no dia 18 de maio se queremos um líder forte, um líder responsável como Pedro Nuno Santos, comprometido com os problemas de Portugal, com a economia, com os salários, com a defesa dos serviços públicos. Um líder com coragem política para defrontar também a inércia administrativa quando ela para os projetos estruturantes", perguntou.
A outra hipótese, de acordo com Costa Silva, "é um líder fraco", ou mesmo "fraquíssimo" como acusou o atual primeiro-ministro de ser, considerando que isso ficou patente na crise do apagão.
"Quando o país mais precisava, sem orientações, sem coordenação, sem reação. E vemos o líder que quer continuar a ser primeiro-ministro no próximo dia 18 de maio a comportar-se como uma barata tonta, sem saber o que fazer, sem saber como comunicar, sem saber o que dizer ao país", acusou.
O antigo ministro ironizou que "a grande medida que saiu", comunicada por Castro Almeida, "foi mobilizar os motoristas do Governo para transportarem jerricãns de combustível".
"Se o país confrontar com uma crise, não é com jerricãs e com a mentalidade dos jerricãs que vão resolver as crises nacionais", acusou.
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