Mortágua avisa que "em cada distrito" decide-se um deputado

A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, avisou hoje que "todos os votos contam" nas legislativas antecipadas de domingo e salientou que "em cada distrito" vai estar em causa um deputado do seu partido ou do Chega e da IL.

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Lusa
16/05/2025 22:00 ‧ há 9 horas por Lusa

Política

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"Sabemos que no domingo vamos contar voto a voto, sabemos que no domingo todos os votos contam, voto a voto. E por isso, a toda a gente queremos dizer: em muitos distritos como Setúbal, Porto, Aveiro, Lisboa, Leiria, Coimbra, em Braga, decide-se tudo. Decide-se se há um deputado do BE ou do Chega ou da IL", realçou Mariana Mortágua no comício de encerramento da campanha bloquista, no Jardim da Avenida Luísa Todi, em Setúbal.

 

No derradeiro combate ao voto útil, a líder do BE insistiu que "quem quer a esquerda no parlamento, quem quer tetos nas rendas, vota no BE no domingo".

"Em cada distrito, quem quer uma esquerda forte no parlamento, uma esquerda capaz de combater a extrema-direita, uma esquerda capaz de lutar por todos, vai votar no Bloco de Esquerda", sublinhou.

A cabeça de lista por Lisboa falou ainda diretamente para "quem ainda está indeciso, não sabe em quem há de votar" e que vai "esperar até ao último minuto, até entrar na urna do voto para decidir".

"Nós queremos dar uma confiança a todas essas pessoas, todas essas mulheres, todos esses homens, que vão entrar naquela urna para decidirem quem é que vão votar. Eu sei que querem baixar o preço das casas. Eu sei que querem respeitar o trabalho. E eu sei que conhecem a vida difícil das mulheres deste país, que se levantam tão cedo e deitam tão tarde, tão tarde, para aguentar este país. E a todas essas pessoas que sabem o que é importante, que sabem o que conta na vida, nós dizemos, vota BE", apelou.

Mortágua argumentou que os deputados do seu partido "não vão recuar nem um passo, não baixam a voz, não baixam a cabeça, não se calam, não temem" e estarão no parlamento "para enfrentar a extrema-direita".

"Deputados que não cedem perante nenhuma pressão, que não cedem a nenhum interesse, que não são comprados por ninguém, que não são financiados por ninguém e que por isso defendem a liberdade", salientou.

Numa intervenção de cerca de vinte minutos, a coordenadora nacional bloquista acusou novamente a direita de "ter um plano" que consiste em apenas "dividir" a sociedade e colocar "uns contra os outros".

Mortágua contrapôs que o BE "quer juntar" porque "a esquerda junta em nome do futuro" e, por isso, fez uma campanha marcada pelo que disse ser as preocupações transversais a toda a população, como a crise da habitação ou o trabalho por turnos.

"Não há ninguém neste país que não conheça as propostas do BE. Tetos nas rendas. Reconhecer o trabalho. Reduzir o tempo de trabalho. Aumentar os salários. Todos sabem as propostas do Bloco. E essa é a força desta campanha. É a força de quem une", argumentou.

A líder do BE voltou a apelar ao voto de todas as gerações, "novos e velhos", "quem fez o 25 de Abril e nos deixou a liberdade e a democracia e quem chegou à Avenida da Liberdade pela primeira vez", numas eleições em que um dos grandes trunfos dos bloquistas foi a inclusão dos fundadores nas listas (Francisco Louçã por Braga, Fernando Rosas por Leiria e Luís Fazenda por Aveiro).

Mortágua voltou a justificar a mudança de estratégia do partido nesta campanha, sem arruadas, visitas a feiras ou mercados, afirmando que "o mundo mudou" e a esquerda tem de mudar também a sua forma de fazer campanha e política.

Do discurso não ficou de fora a Palestina, com Mariana Mortágua a utilizar, como tem sido habitual, o lenço alusivo à causa palestiniana, um "keffiyeh" e a criticar "a hipocrisia de quem finge que não vê um genocídio".

"Esta é a energia da esquerda. Esta é a energia que vamos levar para o parlamento. Esta é a energia que vai baixar o preço das casas, que vai trazer igualdade a Portugal, que vai respeitar as mulheres, que vai respeitar quem trabalha. É a energia que vai construir um país novo. É a energia que vai mudar a política", rematou, num comício que se transformou numa festa, com música ao vivo e muitos jovens a dançar.

[Notícia atualizada às 22h45]

Leia Também: Líder parlamentar do Livre diz que AD e IL são sinónimo de instabilidade

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