Chega dá "benefício da dúvida", IL identifica "bandeiras liberais"

O líder do Chega disse hoje dar o "benefício da dúvida" ao novo Governo, mas esperar que, "por uma vez na vida, faça reformas", enquanto a IL pediu ao executivo que "passe das palavras aos atos".

Tomada de Posse

© Getty Images

Lusa
05/06/2025 20:49 ‧ ontem por Lusa

Política

Governo

Em declarações aos jornalistas após ter assistido à cerimónia de tomada de posse do XXV Governo Constitucional, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, André Ventura considerou que, apesar de este executivo ser "de continuidade", todos os partidos "devem dar o benefício da dúvida".

 

O líder do Chega disse concordar em que se tente atingir já este ano a meta de 2% do PIB para a Defesa, frisando que, se estivesse no Governo, faria o mesmo, mas, sobre as palavras de Luís Montenegro sobre a imigração e segurança, disse que o primeiro-ministro já tinha dito o mesmo quando tomou posse há um ano e "depois ficou praticamente tudo no mesmo".

"O que eu quero é pedir ao senhor primeiro-ministro que, desta vez, cumpra e não faça como no ano passado. (...) Por uma vez na vida, faça reformas", pediu, reiterando que o Chega está disponível para colaborar em "reformas a sério".

Sobre as palavras do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que considerou que "o juízo coletivo reforçou a confiança política" em Luís Montenegro, André Ventura disse achar que os portugueses não se pronunciaram sobre a Spinumviva nestas eleições, afirmando achar que ainda há questões por resolver sobre essa matéria.

"O primeiro-ministro tem caminho para fazer politicamente, mas não se livrará do escrutínio ético, das questões de transparência", disse, reiterando que o Chega admite propor uma comissão parlamentar de inquérito se o executivo não der as explicações necessárias.

Também em declarações aos jornalistas, a vice-presidente da IL Angélique da Teresa disse ter identificado no discurso do primeiro-ministro "várias bandeiras da Iniciativa Liberal", como "criação de riqueza, combater a burocracia, reformar o Estado".

"Ficamos muito satisfeitos ao ouvir estas bandeiras liberais. Agora, queremos é que passe das palavras aos atos e que, efetivamente, implemente aquilo que disse aqui, com coragem, e que não seja só aqui uma mera propaganda e uma mera ação de cosmética", desafiou.

Sobre o anúncio de Luís Montenegro de que Portugal vai antecipar o objetivo e atingir o investimento de 2% do PIB em Defesa, a deputada liberal considerou que essa meta "já deveria estar cumprida" e que o Governo está "a correr atrás do prejuízo".

A dirigente da IL considerou também que é "necessário fazer uma reforma efetiva do Estado, pôr o Estado a funcionar para que, depois, não falhemos nas áreas que são de soberania e onde o Estado, efetivamente, tem que estar e tem que estar de forma forte".

Já o líder parlamentar do CDS-PP defendeu que este é "um bom Governo, um governo sólido e competente, que mantém o espírito reformista que caracteriza a AD e que caracteriza os dois partidos que compõem a coligação, o PSD e o CDS".

Paulo Núncio considerou que a "opção por um ministro Adjunto e da Reforma do Estado demonstra bem a prioridade da AD na reforma e modernização do Estado, no combate intransigente à burocracia".

Apontando que "essa reforma tem que ser feita com todos os partidos", o deputado do CDS-PP antecipou que o executivo "terá capacidade de diálogo e de abertura", para esse efeito.

Leia Também: Ministros do XXV Governo já tomaram posse. Os discursos (e quem é quem?)

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