"PS define a sua agenda". Carneiro avisa que prioridade são autárquicas

 O candidato a líder socialista, José Luís Carneiro, avisou hoje que é o PS que define a hierarquia das suas prioridades e que a primeira são as autárquicas, referindo que, com as presidenciais em 2026, "cada coisa a seu tempo".

José Luís Carneiro

© Mário Vasa / Global Imagens

Lusa
07/06/2025 19:52 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

PS

"Sei que há quem esteja centrado nas eleições presidenciais. [...] Compreendo e saúdo os que têm coragem e disponibilidade para servir o país. Lá chegaremos, mas, quero que fique muito claro: é o PS que define a sua agenda e é o PS que define a hierarquia das suas prioridades", avisou José Luís Carneiro na reta final do discurso de quase 40 minutos de apresentação da sua candidatura a secretário-geral do PS, que decorre esta tarde nos jardins do Largo do Rato, em Lisboa.

 

Sem nunca citar o nome do ex-líder do PS António José Seguro, que esta semana apresentou que será candidato a Belém, José Luís Carneiro apontou que "as autárquicas serão já em fins de setembro, princípio de outubro", e "as presidenciais serão só em 2026".

"Cada coisa a seu tempo. Sei bem qual é o meu dever no que respeita à defesa da autonomia e unidade estratégica do PS", enfatizou.

Apesar de identificar vários desafios, o ex-ministro e deputado deixou claro que a "prioridade imediata são as eleições autárquicas".

"As eleições autárquicas são um momento decisivo na integração de jovens e de mulheres na vida política. Quero que seja uma orientação para os nossos dirigentes: é necessário ter mais mulheres e mais jovens nas nossas listas", apelou.

Carneiro antecipou que nas autárquicas serão defendidas "as marcas das autarquias socialistas" e que "os autarcas do PS e o trabalho que desenvolvem ao serviço das populações são uma das grandes riquezas" do partido que pretende liderar.

"Estaremos em todo o país em listas próprias, mas procuraremos convergências progressistas onde elas se revelarem necessárias, sólidas e ganhadoras", antecipou.

A descentralização, as políticas sociais, o desenvolvimento regional e a valorização das economias locais integram o "património no poder local democrático".

"Todos temos o dever de estarmos ao lado dos milhares de autarcas e candidatos a autarcas que, hoje e por todo o país, estão em diálogo com as comunidades locais. É lá que mais se rejuvenesce a esperança quotidiana na melhoria das condições de vida", enfatizou.

O discurso de apresentação da candidatura, sob o lema "Ouvir e dar voz às pessoas", foi escutado por várias caras socialistas conhecidas, estando na primeira fila Manuel Alegre ou Maria de Belém Roseira, assim como Fernanda Tadeu, a mulher do ex-primeiro-ministro e presidente do Conselho Europeu António Costa.

Vários atuais e antigos deputados, eurodeputados ou ex-ministros marcaram presença, entre os quais Edite Estrela, Sérgio Sousa Pinto, Ana Catarina Mendes, Capoulas Santos, Pedro Silva Pereira, Ana Catarina Mendes, António Mendonça Mendes, Paulo Cafôfo, Ana Mendes Godinho ou Inês de Medeiros.

No final do discurso, após o qual ainda falaram mais apoiantes de Carneiro, o socialista - que se volta a candidatar à liderança do PS um ano e meio depois -- assegurou que se apresenta "com o espírito de servir o PS e de servir Portugal".

"Temos de ir de encontro às pessoas, de saber falar com elas. Ouvi-las onde elas estiverem. Fazer-lhes sentir que são escutadas e que a sua opinião conta, ouvir-nos mais uns aos outros", defendeu.

Com o objetivo de "restabelecer uma relação de confiança" entre o PS e os portugueses, José Luís Carneiro quer "voltar a fazer do PS o partido central" do sistema político: "o partido do socialismo democrático, um partido progressista, aberto, tolerante e agregador".

"Como candidato a secretário-geral do PS irei ao encontro de todos. Procurarei a unidade e conto com todos. Sou corajoso, ponderado e firme nas minhas decisões. [...] Caminhemos juntos ao encontro dos portugueses e certamente voltaremos a ser de novo o grande partido de Portugal", apelou.

[Notícia atualizada às 20h28]

Leia Também: Carneiro promete oposição a "retrocessos", mas abertura a "consensos"

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