O líder do Chega, André Ventura, garantiu que o partido vai viabilizar o Programa do Governo na terça-feira pela "estabilidade política", apesar de reconhecer que "não é bom" e "deixará o país praticamente na mesma", no que toca aos "problemas de insegurança, estagnação económica, corrupção e imigração" dos últimos anos.
"Exige-se a crítica, sugestão e proposta de melhoria. É isso que o Chega nunca deixará de fazer para garantir que o país tem uma alternativa política e é capaz de assumir e criticar o que está errado. Ondas de violência, salários baixos, pensões baixas e instabilidade. O país parece não encontrar um rumo, mas o Chega tem o dever de não ser promotor de instabilidade política em Portugal", afirmou Ventura, numa conferência de imprensa esta segunda-feira.
Nesse sentido, o Chega "não viabilizará amanhã a moção de rejeição apresentada pelo PCP", que considera ser "irresponsável" e com "pouca expressão".
"São partidos irresponsáveis, cuja expressão é pouca e têm apenas na expressão nichos de radicalismo. Não é a derrubar por derrubar que se consegue qualquer resolução para os problemas do país, mas o Chega não tem dúvidas de que este não é um bom Programa do Governo", acrescentou o líder do Chega.
O programa do XXV Governo Constitucional é apresentado e discutido na Assembleia da República a partir das 10h00 de terça-feira e até ao final da manhã de quarta, arrancando com uma intervenção do primeiro-ministro, Luís Montenegro, sem limite de tempo.
O documento foi aprovado em Conselho de Ministros na quinta-feira e entregue na Assembleia da República no sábado, incluindo medidas já inscritas no programa eleitoral da AD, como a descida do IRS e IRC ou a subida de salários e pensões, mas também novos compromissos.
Só depois de apreciado o Programa do Governo, e da sua não rejeição, é que o XXV Governo Constitucional, que tomou posse a 5 de junho, entrará em plenitude de funções.
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