"Estamos mais preparados e maduros para fazer melhor nos Mundiais"

Em entrevista ao Desporto ao Minuto, Pedro Mano projeta o próximo torneio, que terá lugar nas Ilhas Seicheles, assumindo o objetivo de levantar o troféu que foge a Portugal- atual campeão europeu- desde 2019. O guarda-redes, de 29 anos, concorre para o prémio de melhor do mundo na sua posição.

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Notícias ao Minuto
29/04/2025 07:25 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto

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Pedro Mano, guarda-redes português, está prestes a iniciar a sua terceira participação em Campeonatos do Mundo ao serviço da seleção nacional. Em entrevista ao Desporto ao Minuto, o jogador de 29 anos, dos israelitas do Rosh Haayin BSC, demonstra confiança que, à terceira tentativa, será capaz de levantar a taça de campeão, colocando um ponto final no jejum que dura desde 2019.

 

A poucos dias do início oficial do torneio, que terá lugar nas Ilhas Seicheles, entre os dias 1 e 11 de maio, o dono da baliza portuguesa revela o crescimento coletivo em relação às duas últimas edições, em que Portugal nem sequer chegou às meias-finais. Recorde-se a equipa das quinas já venceu o Mundial em 2015 e 2019. Por outro lado, é o atual campeão europeu.

Com início no futebol de onze, Pedro Mano recorda a transição complexa para a areia e assume que foi a melhor decisão da carreira. Atualmente, concorre para o prémio de melhor guarda-redes do mundo, que será apenas entregue após a realização do Mundial.

Como está a correr a preparação para o Campeonato do Mundo?

O Mundial é um título que já nos foge desde 2019 e, portanto, queremos voltar a ser campeões do mundo.

Diria que não estamos nervosos, mas sim ansiosos para que comece a competição. É sinal que estamos lá e que temos um objetivo para conquistar.

Em 2021, Portugal ficou pela fase de grupos e foi eliminado nos quartos de final [frente à Bielorrússia] no ano passado. O que vai mudar para esta edição?

Estamos a aprimorar algumas áreas do nosso jogo, crescemos enquanto grupo/equipa que também é muito importante. Acredito que estamos mais preparados, mais experientes e maduros para fazer melhor do que em relação ao passado mais recente nos Mundiais. Os detalhes são muito importantes e sabemos que nos jogos a eliminar, não há margem de erro. Temos de estar em modo alerta nos jogos para evitarmos dissabores.

O objetivo será adicionar uma terceira estrela à camisa de Portugal, o que significaria ser campeão do Mundo?

Portugal entra em qualquer competição com o objetivo de vencer, esse é o pensamento das seleções portuguesas e nós não somos diferentes. O Mundial é um título que já nos foge desde 2019 e, portanto, queremos voltar a ser campeões do mundo.

Notícias ao Minuto [União faz a força no seio da seleção portuguesa]© Reprodução /FPF  

Está nomeado para melhor guarda-redes do Mundo. Isso traz uma maior pressão para o Mundial?

É um motivo de grande orgulho estar nomeado, é uma distinção individual, mas partilho a sensação com os meus companheiros quer de seleção, quer de clube. O facto de o prémio ser entregue só depois do Mundial traz mais olhos para cima de mim, maior responsabilidade, mas eu gosto dessa pressão, é para isso que trabalho e é um lugar que quis sempre estar. Encaro como uma etapa de crescimento para me tornar ainda melhor.

Sente que é possível vencer o prémio?

Com a ajuda de Deus tudo é possível, mas, sinceramente, não penso nisso. O foco é ganhar o Mundial a nível coletivo e ajudar no que puder.

Notícias ao Minuto [Pedro Mano está nomeado para o prémio de melhor guarda-redes do mundo ao lado de Tiago Oliveira, do Brasil, e Eliott Mounoud, da Suiça]© Reprodução /FPF  

O início da sua carreira foi no futebol de 11. Como é que ocorreu essa mudança para o futebol de praia?

O Buarcos, que é o clube da minha terra [Figueira da Foz] precisava de um guarda-redes e eu para ajudar às pessoas, ofereci-me para ir para a baliza. Durante o inverno jogava futebol de 11 e no verão ia para o futebol de praia. As coisas começaram a evoluir, fui chamado à Seleção Nacional, contratado pelo Sp. Braga e as prioridades mudaram. Tomei a escolha de abandonar o relvado pela praia, que foi o caminho mais correto a seguir.

Na areia, a bola muda de trajetória e tive de trabalhar mais os meus reflexos, o tempo de reação. Tive que me auto reinventar, mas tudo se faz com trabalho, mas admito que demorou algum tempo.

Quais foram as maiores dificuldades no começo desse processo de adaptação a defender a bola na areia?

A areia é mais 'fofinha' que o relvado, mas é ao mesmo tempo traiçoeira. Em termos da minha posição especifica, a técnica de defender é, praticamente, a mesma. No entanto, na areia a bola muda de trajetória e tive de trabalhar mais os meus reflexos, o tempo de reação. Tive que me auto reinventar, mas tudo se faz com trabalho, mas admito que demorou algum tempo.

Fazia-me sentir mal [entre risos], pensava que se calhar não tinha muito jeito para estar a jogar no futebol de praia, mas fui melhorando e ganhei mais confiança.Ainda se lembra da primeira chamada à seleção Nacional?

Lembro, sim. Foi um estágio de observação, com jogadores menos conhecidos, mas estava lá o Madjer, que é um dos grandes nomes da modalidade.

E como era defender remates do Madjer?

Fazia-me sentir mal [entre risos], pensava que se calhar não tinha muito jeito para estar a jogar no futebol de praia, mas fui melhorando e ganhei mais confiança. Atualmente, já não sofro tanto com os remates do Madjer, que já está reformado, do Jordan, do Bê e do Léo Martins.

A nível de clubes, o Pedro joga no Rosh Haayin BSC. O que o motivou a ir para Israel?

No ano passado, joguei por eles no Mundial de Clubes e gostei muito. Foi uma oportunidade que surgiu e vou voltar a representar o clube, juntamente com o Bê Martins, agora na Liga dos Campeões, que terá lugar na Nazaré. Fui muito bem recebido, trataram-me super bem, uma estrutura fantástica, que está ao lado dos atletas e que me dá todas as ferramentas para exercer o meu trabalho de forma profissional. Felizmente, posso dizer que me dedico a tempo inteiro ao futebol de praia.

E como é a integração no balneário de uma equipa israelita?

Nós falamos inglês, mas uma coisa boa que tem o futebol de praia é que acabamos por falar o português. Há muitos brasileiros espalhados pelas equipas e há essa familiaridade da língua. HÁ coisas do jogo, que falamos em português e a comunicação dentro de campo acaba por ser mais fluída.

Considera que a desistência do Sporting na modalidade acabou por tirar alguma força ao futebol de praia em Portugal?

Não direi força. Claro que trata-se de um clube importante, um dos maiores a nível mundial, mas não foi por isso que os jogadores e as equipas deixaram de fazer o seu trabalho. Continua a existir futebol de praia em Portugal, com equipas profissionais, com jogadores de enorme talento. Eu saí de Portugal porque no estrangeiro, há melhores condições financeiras.

Leia Também: Pedro Mano assegura seleção "motivada e ansiosa" para estreia no Mundial

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