A par do impacto que a falha energética teve na operação normal dos restaurantes - em que apenas os que tinham meios alternativos como fogões a lenha, grelhadores ou fogões a gás conseguiram operar - a AHRESP aponta a questão do funcionamento dos equipamentos de frio.
Neste sentido, a secretária-geral da associação, Ana Jacinto, adiantou que a AHRESP está já a preparar, em articulação com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), um conjunto de "orientações claras para apoiar os empresários na gestão desta situação e assegurar o cumprimento rigoroso das boas práticas de segurança alimentar".
Ana Jacinto refere, contudo, que as empresas do setor que representa têm um grande histórico de responsabilidade e compromisso com a qualidade e segurança dos produtos e serviços e que "não há motivos para alarmismo".
Numa declaração escrita enviada à Lusa, Ana Jacinto reitera a disponibilidade da associação para colaborar com o Governo e autoridades e manifesta intenção de acompanhar de perto as medidas adotadas, de forma a garantir que os setores da restauração e do alojamento turístico conseguem minimizar eventuais prejuízos.
"A AHRESP continuará a monitorizar atentamente o evoluir da situação, em articulação permanente com os empresários e as autoridades competentes", refere Ana Jacinto, assinalando que a falha no abastecimento de eletricidade casou a paralisação total ou parcial de alguns restaurantes.
Alguns restaurantes contactados pela Lusa indicam que o maior impacto do apagão resultou na quebra de faturação -- com muitas reservas a não se concretizarem e diminuição no número de clientes -- e não na parte da conservação dos alimentos.
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