O barómetro da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) regista que os primeiros três meses de 2025 "ficam marcados pela deterioração dos níveis de confiança dos consumidores, bem como pelo agravamento, comum aos diversos setores de atividade, do clima e perspetivas económicas do setor empresarial".
A evolução reduzida do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre implica um abrandamento do crescimento homólogo de 2,9% para entre 2,4% e 2,5%.
Para já, a previsão de crescimento do PIB para 2025 mantém-se inalterada entre 1,8% e 2,3%.
"No entanto, o Barómetro CIP/ ISEG alerta para o elevado nível de incerteza associada à atual escalada de tarifas e consequente reconfiguração das cadeias de valor", regista.
O diretor-geral da CIP, Rafael Alves Rocha, apontou "a complexidade e a magnitude" dos impactos com a entrada em vigor de certas medidas e com "novos anúncios de tarifas setoriais".
O responsável saudou, no entanto, o programa de 10 mil milhões de euros para mitigar os efeitos do choque comercial.
No entender de Rafael Alves Rocha, o foco deve estar "no aumento do valor acrescentado da produção nacional" para estimular a concorrência nos mercados globais.
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