Moody's deixa inalterado rating de Portugal em 'A3'

A agência de notação financeira Moody's optou hoje por não alterar o 'rating' (avaliação) de Portugal, deixando-o em 'A3', com 'outlook' (perspetiva) "estável".

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Lusa
16/05/2025 23:10 ‧ há 8 horas por Lusa

Economia

Moody's

"A Moody's Ratings concluiu a revisão periódica das notações de Portugal [...]. Esta publicação não anuncia uma ação de classificação", indicou, em comunicado

 

Conforme precisou, a avaliação de Portugal reflete uma economia competitiva e diversificada, níveis de riqueza relativamente elevados, bem como uma elevada força institucional.

Ainda assim, disse existirem desafios como um rácio da dívida pública elevado face à maioria dos países com avaliação semelhante.

O documento também faz referência às eleições legislativas, que se realizam este domingo, com a agência de notação financeira a sublinhar que o aumento da incerteza política não deverá afetar significativamente as tendências económicas e fiscais de Portugal.

A Moody's estima um crescimento real do PIB - Produto Interno Bruto de 2,2% em 2025 e de 1,9% em 2026, embora ressalve que as tarifas norte-americanas podem pesar nesta previsão.

Por outro lado, acredita que se vai registar um crescimento económico robusto e excedentes orçamentais ao longo de 2025-2026.

Já a perspetiva "estável" reflete que os riscos estão equilibrados.

As tendências mais positivas ao nível económico e fiscal são penalizadas por desvantagens como uma procura externa abaixo do esperado devido à "fragmentação parlamentar".

Portugal está igualmente exposto a riscos climáticos, que podem ter um impacto negativo superior ao previsto nas métricas fiscais.

A Moody's defendeu também que um crescimento superior poderia ser suportado por uma implementação "mais eficaz" dos projetos de investimento e das reformas macroeconómicas ligadas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nacional.

A agência de notação financeira Scope também decidiu hoje manter o 'rating' de Portugal em "A".

Para esta decisão pesou a "redução substancial da dívida pública", sustentada por um historial de política orçamental prudente e melhorias na resiliência económica.

Em novembro, a agência tinha subido o 'rating' de longo termo de Portugal para "A" e alterou o 'outlook' para "estável".

Este ano, tanto a DBRS como a S&P melhoraram a classificação da dívida soberana nas suas revisões, que aconteceram ainda antes da crise política, enquanto a Fitch manteve o 'rating' de Portugal em 'A-'.

O 'rating' é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.

[Notícia atualizada às 23h47]

Leia Também: Moody's e Scope avaliam hoje o rating de Portugal

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