Segundo as Forças Armadas do Sudão, este ataque, que ocorreu um dia depois das RSF ordenarem que os militares sudaneses e civis deixassem Al Fasher, antecipando o lançamento de uma grande ofensiva, também deixou dezenas de feridos.
As forças do governo afirmam contudo que "a situação em Al Fasher está completamente sob controlo" e que os seus militares "mantêm as suas posições" em diferentes partes da cidade, sitiada pelos paramilitares desde maio de 2024.
Por outro lado, o exército denunciou que as RSF "destruíram e saquearam" o hospital de campanha administrado pelos Médicos Sem Fronteiras (MSF) no campo de deslocados internos de Zamzam, localizado a cerca de 12 quilómetros a sudeste de Al Fasher.
De acordo com o comunicado do exercito, este hospital tratou cerca de um milhão de pessoas deslocadas e manteve vários trabalhadores locais após aquela ONG ter retirado a sua equipa por causa dos incessantes ataques paramilitares ao campo.
Os MSF tinham comunicado que os paramilitares invadiram a 12 de abril o campo, onde cometeram "violações generalizadas contra milhares de pessoas deslocadas", que foram forçadas a sair.
As RSF estão a fazer um cerco a Al Fasher desde maio de 2024, causando uma catástrofe humanitária naquela cidade estratégica, que também abriga dois dos maiores campos de deslocados internos do Sudão e cujos habitantes estão à beira da fome, de acordo com a ONU.
A guerra no Sudão, que começou em 15 de abril de 2023, já matou dezenas de milhares de pessoas e forçou mais de 12,5 milhões a fugir das suas casas.
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