EUA acusam membros da ONU de antissemitismo e preconceito anti-Israel

A embaixadora norte-americana junto da ONU, Dorothy Shea, acusou esta quarta-feira o Conselho de Segurança de ser palco de um "antissemitismo grotesco" e de um preconceito anti-Israel, afirmando que alguns diplomatas "evitam sentar-se" ao lado de colegas israelitas.

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Lusa
30/04/2025 18:24 ‧ há 4 horas por Lusa

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A acusação de Dorothy Shea foi feita em formato de direito de resposta, na sequência de uma declaração do representante permanente da Líbia, que classificou as dezenas de milhares de mortes de civis na Faixa de Gaza, cenário de uma guerra entre Israel e o grupo radical palestiniano Hamas desde outubro de 2023, de "um Holocausto".

 

A embaixadora norte-americana rejeitou haver um acontecimento na história moderna comparável ao Holocausto perpetrado pela Alemanha nazi e, citando a definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, afirmou que qualquer comparação deste tipo é antissemita porque "banaliza e profana" as mortes de mais de seis milhões de judeus e outras vítimas dos nazis.

"Aqueles que fazem tais comparações estão a perpetuar este antissemitismo e não devem ter a dignidade de falar neste Conselho. Infelizmente, o antissemitismo grotesco é uma característica comum nos procedimentos deste Conselho", acusou a representante diplomática de Washington, no segundo dia de um debate sobre a situação no Médio Oriente. 

De acordo com a embaixadora dos Estados Unidos -- um aliado incondicional de Telavive -, todas as semanas "representantes de determinados Estados-membros evitam propositadamente sentar-se ao lado" dos diplomatas israelitas.

Sem mencionar países ou diplomatas, Dorothy Shea garantiu ouvir mentiras constantes contra Israel e uma constante "demonização do Estado judaico", sem que reconheçam a "utilização indevida das infraestruturas civis por parte do Hamas".

"Este antissemitismo e preconceito anti-Israel está abaixo da dignidade deste Conselho e deveria ser inaceitável em qualquer lugar", concluiu.

No ano passado, ainda sob o Governo do então presidente norte-americano democrata Joe Biden, os Estados Unidos tornaram cada vez mais públicas e frequentes as suas críticas à forma como Israel conduzia a guerra em Gaza.

Contudo, com o regresso de Donald Trump à Casa Branca, em janeiro deste ano, a missão norte-americana junto das Nações Unidas recuou nessas críticas, responsabilizando exclusivamente o Hamas pelas mortes e pela destruição no enclave palestiniano. 

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do grupo radical palestiniano Hamas em Israel, em 07 de outubro de 2023. O ataque causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.  

A resposta israelita provocou mais de 51.000 mortos em Gaza, bem como a destruição de uma parte significativa das infraestruturas do território palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.  

Leia Também: Trump acusa Harvard de "antissemitismo" e quer que "peça desculpa"

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